A obra de construção da futura Casa da Democracia Local, em Valongo, foram suspensas devido a um “incumprimento contratual por parte do empreiteiro”. A justificação foi avançada pelo presidente da autarquia, na Assembleia Municipal, que decorreu ontem à noite, depois de ter sido interpelado pela deputada Maria Trindade Vale, da bancada social-democrata.

A autarquia foi obrigada a avançar “com um processo de resolução do contrato”, limitando-se o município a “cumprir o que estava previsto na lei e sem medo”, porque, este executivo “representa o interesse público”, frisou José Manuel Ribeiro, que não adiantou quando os trabalhos poderão ser retomados.

Certo é que, a obra “não vai ficar inacabada, porque essa não é a marca desta governação”, assegurou o autarca que não especificou os contornos do processo.

Já sobre as criticas que a oposição fez sobre o valor e a necessidade da obra, José Manuel Ribeiro garantiu que “o processo nasceu de forma correcta, houve um problema, acontece, mas o resto são considerações partidárias”.

Recorde-se que, a construção Casa da Democracia Local arrancou em Agosto de 2021, com a assinatura do auto de consignação da empreitada, adjudicada à empresa Tecnifeira – Engenharia e Construção, S A, pelo valor de 10.614.922,95 euros e com um prazo de execução de dois anos.

O novo edifício, a instalar nos terrenos entre a Avenida Emídio Navarro e a Rua Visconde Oliveira do Paço, vai albergar os Paços do Concelho de Valongo, que há mais de 33 anos estão no rés-do-chão de um prédio de habitação, assim como os restantes serviços municipais dispersos pelo município. O projecto é da autoria do arquiteto Miguel Ibraim da Rocha.