A Câmara Municipal de Valongo, por intermédio do atual presidente, aprovou o 4.º aditamento ao contrato de concessão das águas. Munido de uma maioria absoluta, José Manuel Ribeiro exigiu à empresa o pagamento de uma “comissão” de 0,1764€/m3 de água vendida, a pagar pela concessionária, mas refletida previamente nos tarifários dos munícipes.

Este 4.º aditamento surge no seguimento de um 3.º, que tinha sido fortemente criticado pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos. Para a ERSAR o surgimento da “comissão” implica um custo para os consumidores de 16.121.439,95€ e a proposta não salvaguarda o interesse público e o interesse dos utilizadores dos serviços de águas na medida em que traduz apenas um aumento de encargos, sem que haja quaisquer benefícios para o consumidor.

Facto é, com a conivência do PS/Valongo que sobre esta matéria não abriu a boca, que o 4.º aditamento foi aprovado com os votos contra e insuficientes de toda a oposição. Assim, a partir deste mês de outubro os Valonguenses serão confrontados com os maiores aumento de sempre neste tipo de serviços. As tarifas da água, aumentam 12% para consumidores domésticos, 18% para as IPSS e autarquias e 16 % para o comércio e indústria. Soma-se a criação de escalões nas tarifas de saneamento para os consumidores domésticos (até agora só existia um escalão)  com aumentos de 8%, 50%, 120% e até 260% em função do novo escalão e aumentos de 74% para os consumidores não domésticos.

E para surgem estes aumentos? Simplesmente para permitir o pagamento de uma “comissão” de 0,1764€/m3 de água vendida ao município e aumentar a sua liquidez em mais de 16 milhões de euros. Um roubo a todos os Valonguenses!

Convém lembrar que o atual presidente da câmara dizia, em campanha, que era contra as concessões e que tudo faria para as reverter. Chegado ao poder deu o dito por não dito e faz exatamente o contrário. De um candidato avesso a concessões passamos para um presidente que gosta de as negociar! O resultado é que é sempre o mesmo: a empresa volta a ganhar, a câmara começa a ganhar e os munícipes levam com os aumentos e e têm de pagar.

p.s.: Como o atual presidente gosta muito de dizer que sempre foi contra a concessão dos SMAS, deixo-vos na imagem infra a cópia do 1.º aditamento ao contrato, viabilizado em 2004 pelo PS/Valongo, era José Ribeiro vereador. Foi neste aditamento que foi acrescentado 6 anos ao prazo da concessão.

1 Comentário

  1. JÁ LESTE A EXPLICAÇÃO?
    Ai se fosse o PSD a governar Valongo…
    Não vos bastou o contrato estúpido e ilegal com a empresa que plantou tantos parquímetros em Valongo, com duração como nunca se viu neste país?…

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