Ao longo dos últimos cinco anos de governação do PS de Paços de Ferreira foi descrito um panorama “cor-de-rosa” com aumento da qualidade de vida e da atractividade do concelho. Mas não é isso que mostram os dados revelados pelos últimos estudos vindos a público, sustentou o PSD, ontem, em conferência de imprensa.
“São entidades independentes que vêm demonstrar que a realidade do nosso concelho é bem diferente da que tem sido descrita na retórica do PS”, frisou Joaquim Pinto.
O primeiro foi o estudo da Bloom Consulting, há cerca de três semanas. O documento, que avalia desde 2014 a atractividade dos concelhos mostra que o concelho piorou na qualidade de vida e atracção de investimento. “Paços de Ferreira, em 2014, estava no lugar 89 entre 308 concelhos do país. Nos concelhos que nos rodeiam, à nossa frente só tínhamos Penafiel. Paredes, Lousada e Felgueiras estavam atrás. O panorama cinco anos depois é totalmente diferente. Paços de Ferreira é agora o último destes cinco concelhos. Ocupa o lugar 108. Fomos ultrapassados a grande velocidade”, sustentou o presidente da comissão política do PSD. O também vereador salientou ainda que o concelho piorou na qualidade de vida que era a grande bandeira do PS, descendo de 22.º para 35.º.
Um novo ranking, divulgado esta semana pela Ordem dos Economistas, vem corroborar os resultados. O documento, que além de vir de uma entidade independente até foi elaborado por um ex-autarca eleito pelo PS, “é intocável”, defendeu o PSD. “As coisas ficam ainda piores. O ranking coloca Paços de Ferreira no lugar 264.º entre 308 municípios. Estamos na cauda ao nível da atractividade”, argumentou Joaquim Pinto. “É uma situação preocupante. A evolução do nosso concelho desmente totalmente o que é descrito pela maioria socialista. É importante que a população compreenda que o caminho que está a ser seguido não é o melhor”, acrescentou.
Aludindo ainda a este novo estudo, o líder do PSD pacense elogiou o resultado na categoria governação, que mostra que se conseguiram implementar bons procedimentos internos, mas criticou os resultados ao nível do serviço prestado à população onde o município surge no lugar 274. Também no desenvolvimento económico e social o concelho está “no mau caminho”. “A tendência é de queda em todos os critérios. É o 5.º pior concelho do país entre os concelhos de média dimensão”, destacou o vereador.
Esta é uma “tentativa de alertar a população e de pedir ao presidente de câmara e à maioria socialista que inverta o caminho que está a ser seguido. Que faça menos festas e festinhas, menos foguetório e se preocupe mais com o futuro”, apelou.
O PSD promete ainda, em breve, lançar um desafio aos representantes do partido em cada freguesia para que se faça um raio-x da realidade, para que a próxima comissão política, que vai gerir o processo eleitoral, tenha total conhecimento do estado do concelho.
