Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

Sílvia Sá Pinto não tem “legitimidade política” para ocupar o cargo de presidente da Junta de Freguesia de Gandra, sustenta o PSD em comunicado. Os acontecimentos da última reunião da Assembleia de Freguesia de Gandra provam-no, alega o partido da oposição.

“Não se trata de uma questão legal, trata-se de não ter a confiança política dos eleitores de Gandra que não a elegeram quando esta se candidatou ao cargo e elegeu José Mota, nas últimas eleições”, lê-se.

A acrescer a isto, “a presidente ilegítima, Sílvia Sá Pinto, e Armando Leal estavam presentes na reunião e não se solidarizaram com José Mota e com o povo de Gandra, optando assim por tomar o partido de Alexandre Almeida” e dos “interesses inconfessáveis” a que aludiu o agora ex-presidente da junta. O PSD refere-se à publicação realizada por José Mota em que sustenta que a antes tesoureira e o secretário da Junta, Armando Leal, estavam na reunião realizada por Alexandre Almeida para propor a partilha de um terreno entre as freguesias de Gandra e Recarei em que este acabou por lhe retirar a confiança política por não ter consentido em “prejudicar” a freguesia de Gandra. José Mota acabou por renunciar ao mandato, tendo Sílvia Sá Pinto assumido o cargo de presidente da Junta.

A bancada social-democrata na assembleia de freguesia de Gandra acusa, por isso, “o actual executivo de estar ao lado de Alexandre Almeida que, de acordo com o ex-presidente, José Mota, pretende prejudicar Gandra, daí não se terem solidarizado com este último”.

O PSD também critica a postura de Renato Almeida, vereador da Câmara Municipal de Paredes “e administrador dos Serviços Municipalizados das Águas de Paredes”. Segundo os social-democratas, Renato Almeida esteve na Assembleia de Freguesia de Gandra, realizada esta semana, e sobre a gestão das Águas Vivas de Gandra disse que “irá haver uma delegação de competências para gerir as Águas de Gandra”, refere comunicado. “Estas afirmações confirmam que as Águas de Gandra irão passar para a órbita dos serviços municipalizados e consequentemente para o domínio da Câmara Municipal de Paredes pois, só pode delegar uma competência quem for detentor dessa mesma competência”, frisa o PSD.

Os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Gandra alegam que “os gandarenses sabem bem o valor que possuem ao usufruírem da sua própria gestão de água”. “Esta obra custou muito aos habitantes de Gandra. Também foi dito nesta reunião que a haver essa perda para a cidade de Gandra, esta freguesia tem de ser indemnizada no mínimo em 15 milhões de euros”, concluem.

Recorde-se que, perante a polémica gerada com a renúncia de José Mota, já foi defendido, em Assembleia Municipal, que o actual executivo se deveria demitir sendo convocadas eleições intercalares.

Contactados, nem Renato Almeida nem a nova presidente da Junta de Gandra quiseram prestar declarações. Esta última remeteu para os esclarecimentos prestados em Assembleia de Freguesia.

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