O ano foi terrível para a floresta portuguesa. Os incêndios deste Verão e Outono deixaram pintada de negro grande parte da mancha verde do país. Em Lousada há um projecto em contra-ciclo que quer devolver ao concelho milhares de árvores nativas.

Iniciado em 2016, o Plantar Lousada tem como meta plantar 10.000 árvores no território do concelho até 2018. E a meta estará muito próxima de ser atingida.

Só na primeira época de plantações foram plantadas cerca de 4.500 árvores de 22 espécies diferentes – como carvalhos, sobreiros, castanheiros, medronheiros, azereiros, azevinhos, pilriteiros, faias, bétulas, amieiros, freixos, pinheiros-mansos e ciprestes. No total, foram intervencionados mais de 10 hectares de áreas degradadas com o apoio de mais de 700 voluntários e 25 instituições que contribuíram com cerca de 3.000 horas de trabalho solidário.

Mas a iniciativa não parou por aqui. No final do ano passado, a Câmara Municipal de Lousada lançou duas variantes do projecto, o “Plantar Lousada no Quintal”, que oferece árvores gratuitamente a qualquer munícipe que queira árvores nativas para florestar o seu jardim, quintal ou terreno; e o “Plantar Lousada no Natal… Uma árvore para si!”, que permitia aos clientes dos estabelecimentos comerciais de Lousada receber (por cada compra superior a 35 euros) um vale que podia trocar gratuitamente por uma árvore nativa.

Só em Dezembro, adiantava o último balanço do município, passaram pelo Ecocentro mais de 650 pessoas que levaram 4.500 árvores para plantar.

E a iniciativa prolonga-se para 2018, com várias acções de plantação já agendadas para os primeiros meses do ano. Este é para nós um exemplo do papel que um município pode assumir na promoção e preservação da biodiversidade ambiental, envolvendo as populações na luta por um concelho mais verde e com maior qualidade de vida.

“Alimente esta ideia”, da ADICE – Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde

‘António’ recebe o saco com a refeição diária das mãos de Liliana Moreira

Chama-se “Alimente esta Ideia” o projecto da ADICE – Associação para o Desenvolvimento Integrado da Cidade de Ermesinde que tem colocado empresários da restauração do concelho a doar os excedentes alimentares a agregados familiares em situação de risco ou pobreza.

Há um ano oito empresários da restauração da freguesia de Valongo aderiram. Este ano juntaram-se mais oito padrinhos ao projecto, havendo ainda um alargamento a Alfena. No total são apoiadas 21 famílias, algumas com quatro e cinco elementos, que, diariamente, podem ir ao restaurante indicado buscar uma refeição do dia.

De realçar o papel solidário dos empresários, havendo casos em que, não havendo excedentes, cozinham refeições propositadamente para dar este apoio. Esta distinção do Verdadeiro Olhar estende-se portanto a todos os que já abraçaram o projecto: Restaurante Regional Valonguense; a Churrasqueira LF; Restaurante Jardim; Restaurante Marta Costa; Churrasqueira de Valongo; Dom Brasas; Padaria/Confeitaria Santa Justa e Marisqueira dos Tesos; Restaurante Dom Garfo; Restaurante Nossa Senhora da Paz; Quinta do Cabo; Adega Regional; Restaurante Dois Irmãos e Restaurante Duas Irmãs; Churrasqueira Couto e Restaurante Soares.

Este não é o único projecto social da ADICE que, por exemplo, com acções de formação e estágios, procura ajudar pessoas com deficiência e incapacidade a encontrar uma oportunidade no mercado de trabalho.

Entrega de Habitações Sociais em Valongo

Não é um projecto estanque, mas uma acção contínua que tem permitido a várias famílias que vivem em Valongo ter uma oportunidade de reorganizarem a sua vida. Apesar da longa lista de espera, com mais de 1.000 famílias, todos os anos a Câmara Municipal de Valongo tem apostado na renovação e entrega de habitações sociais.

Nos últimos quatro anos foram recuperadas 73 habitações sociais e realizadas cerca de 26 transferências, o que perfaz cerca de 100 casas entregues no concelho.

Este Natal, mais 17 famílias, num total de 47 elementos (15 deles crianças), receberam a chave para uma nova casa das mãos do executivo municipal e dos responsáveis da empresa municipal Vallis Habita. Um “empurrão” que todos acreditam que vai mudar-lhes a vida. Recuperar cada habitação custa ao município cerca de 8.000 euros.

“Esta foi a melhor prenda de Natal de toda a minha vida”, garantia uma das beneficiadas.

 

Conheça os premiados das outras categorias:

Personalidade do Ano

Acontecimento do Ano

Empresa do Ano

Entidade Cultural do Ano

Entidade Desportiva/Desportista do Ano

Jovem Desportista do Ano

Jovem do Ano

Político do Ano