O Plano Estratégico Educativo Municipal de Paredes foi apresentado, esta terça-feira, na Casa da Cultura de Paredes.

O documento, que conta com inúmeras propostas em várias áreas, foi elaborado por uma equipa que emergiu do Conselho Municipal de Educação e que envolve, para além dos técnicos da divisão de Educação do município, todos os directores de agrupamentos de escolas e da escola secundária e a coordenadora do Centro de Emprego de Valongo, em representação do IEFP, com a supervisão científica da Universidade Católica.

O objectivo é definir a política de educação local para os próximos cinco anos.

As propostas do documento, com mais de 150 páginas, estão formuladas em torno de quatro eixos estratégicos: a promoção do sucesso educativo e prevenção do abandono escolar precoce; a valorização dos serviços e recursos educativos – criatividade e inovação; a cooperação institucional; e a qualificação e formação ao longo da vida.

O plano de acção inclui várias medidas, como a criação de Centros de Ciências Experimentais no 1.º ciclo; de sinergias para a constituição de associações de pais em todas a escolas; o reforço de apoios aos alunos; o desenvolvimento de metodologias de inovação pedagógica; a criação do Gabinete de Apoio Municipal à Educação Especial; de mais áreas de ensino profissional; de uma Secção de Orientação Vocacional Municipal e de um Observatório Municipal da Qualidade da Educação; a criação e certificação de planos de emergência em todas as escolas; o desenvolvimento de parcerias a fim de garantir o acesso à rede de internet a todas as famílias do concelho, em articulação com as Associações de Pais; ou a criação do Cartão Municipal do Aluno.

Do Plano Estratégico Educativo Municipal de Paredes constam ainda acções para garantir o levantamento de todas as necessidades de intervenção nas escolas EB23 e Secundárias com vista à sua requalificação/modernização; a reorganização dos transportes escolares em articulação com os horários escolares dos alunos; o melhoramento dos acessos pedonais às escolas; a construção de espaços cobertos para os alunos; a criação de uma escola municipal de artes e de um Observatório Social e de Saúde Municipal; a articulação da oferta de actividades desportivas com os horários escolares e a criação de projectos multidisciplinares que visem o empreendedorismo, entre outras.

“Há um horizonte de possibilidades ainda a ser consideradas. Não é um documento fechado”, explicou a vereadora da Educação, que apresentou as medidas. Hermínia Moreira lembrou que para além dos edifícios e das pessoas é preciso ter uma estratégia do rumo a seguir. “Estamos a ser consequentes com a Carta Educativa”, salientou.

Presente na abertura da sessão, o presidente da Câmara Municipal de Paredes lamentou que não se dê a devida atenção ao debate sobre o futuro da educação. “Estamos a dois meses e meio das eleições. Como é possível, numa terra que investiu tanto na educação, que nenhuma das candidaturas à autarquia fale dos projectos para esta área?”, questionou Celso Ferreira.

“O que deve ser do território em termos de educação? Qual a nossa visão estratégica e os nossos objectivos? O que fazer a seguir?”, devem ser questões às quais se deve dar resposta, defendeu o autarca. “Temos que aproveitar este documento para perceber se é isto que queremos para o futuro da educação em Paredes”, acrescentou.

Segundo o autarca este documento sectorial será entregue ao próximo presidente da câmara municipal.