A maioria socialista na Câmara Municipal de Paredes aprovou, esta quarta-feira, a taxa de derrama a aplicar às empresas no próximo ano.

“Este é um imposto que as empresas pagam sobre o lucro. O IRC reverte para o Estado e a derrama para o município. Tem o mínimo de 0% e o máximo de 1.5% sobre a matéria colectável. Nós vamos manter o mesmo aplicado no ano passado. Há isenção da derrama para as pequenas empresas, até 150 mil euros, e para as outras a taxa é de 1.5%”, explicou o presidente da Câmara, Alexandre Almeida, em reunião de executivo.

Os vereadores do PSD não concordam com esta visão, entendendo que a existência deste adicional de imposto vai contra as políticas de captação de investimento que se pretendem para o concelho, e votaram contra. “O PSD é contra esta proposta. A abolição deste adicional de imposto iria ao encontro do que se procura no concelho de Paredes, a captação de investimento, a criação de emprego e fixação de empresas e cidadãos”, defendeu Rui Moutinho. “Vai dizer que é necessário porque encontrou a Câmara depauperada. Mas isso é desculpa de mau pagador. Se fizessem uma gestão assertiva em vez de uma gestão de merceeiro a Câmara de Paredes estava em condições de não cobrar este adicional de imposto”, argumentou o eleito do PSD.

A afirmação deu origem a réplica. “Não vou dizer o que sugeriu. Mas que estiveram aqui 24 anos nesta Câmara Municipal e nunca aboliram a derrama. Estamos a manter exactamente o que vocês tinham. Agora só porque somos nós a governar vêm com a política da hipocrisia”, acusou Alexandre Almeida.

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