Os do desemprego. Os números estão espalhados pelo nosso dia-a-dia e são uma parte importante da nossa vida. Quase todas as actividades humanas envolvem algum tipo de contagem. Entre os números há uns que são mais importantes do que outros, como é o caso dos números do desemprego. Estes têm elevados custos para as pessoas, para a Segurança Social e para o país.

Há cinco anos consecutivos que o número de desempregados da região tem diminuído. De 2012 a Dezembro de 2016 há menos 10.934 pessoas de Lousada, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Valongo inscritas nos centros de emprego.

No último ano, Paredes foi o concelho que mais reduziu o número de desempregados (1.094), quase o dobro do concelho de Paços de Ferreira (568) que, relativamente a 2015, foi o concelho da região que menos reduziu o número de desempregados. Valongo foi o que mais reduziu o número de desempregados nos últimos cinco anos, num total de 2.938.

Os dos políticos. Os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) parecem desmentir a semana de propaganda ao investimento feita para Câmara Municipal de Paços de Ferreira. Segundo a autarquia, nos últimos três anos foram criadas 561 novas empresas e 2.500 novos postos de trabalho.

Ora, o IEFP afirma que, naquele concelho e nos últimos cinco anos, há menos 2.066 desempregados. Se nos reportarmos somente aos últimos três anos, os números do IEFP ficam-se pelos 1.337, menos 1.200 do que afirma a Câmara Municipal de Paços de Ferreira.

Importa ainda perceber que tipo de empresas são estas 561 que a autarquia afirma que foram criadas na Capital do Móvel nos últimos três anos. Supondo que, nos últimos três anos, as empresas que já existiam no concelho não admitiram um único novo funcionário e que todos os novos postos de trabalho vieram desta meia centena de novas empresas, temos dois cenários. Com base nos números do IEFP chegamos à conclusão que cada uma criou em média 2,3 postos de trabalho. Se nos basearmos nos números revelados pela Câmara, cada empresa criou 4,4 novos postos de trabalho. O que significa que se uma destas empresas contratou mais de quatro pessoas, então algumas das novas unidades não tem ninguém a trabalhar!

Os números que damos a conhecer são do Instituto de Emprego e Formação Profissional, um organismo público cuja independência e seriedade ninguém põe em causa e que, se dúvidas houvesse, são os números do governo socialista.