Oito pessoas sozinhas e com baixos rendimentos começam a partilhar casa, já a partir do próximo mês de Setembro, em Lousada, anunciou a autarquia.

O projecto, denominado ‘ParTilhado’, tem como destinatárias pessoas de rendimentos reduzidos, que viviam isoladas, e consiste na concessão de direito ao uso de um quarto individual, e ainda ao usufruto das partes comuns da habitação partilhada, com pessoas em circunstâncias sociais semelhantes.

O contrato de sub-arrendamento, entre o município de Lousada e a ‘Ao Encontro das Raízes’, uma instituição particular de solidariedade social, foi assinado na passada sexta-feira e vai permitir abrir as portas a “dois apartamentos, tipologia T4″, que vão servir para concretizar este “projecto habitacional”.

As fracções foram cedidas pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e, agora, com a colaboração da associação “Ao Encontro das Raízes”, ficam agora disponíveis duas residências. A masculina vai albergar quatro homens, e a feminina, terá o mesmo número de mulheres, refere na nota de imprensa a edilidade que acrescenta que “os seus moradores são previamente analisados e comprovada a sua situação social”.

Esta solução vai ser implementada no Bairro Dr. Abílio Alves Moreira e vai possibilitar dar “uma resposta adequada” à problemática do isolamento e da habitação, sendo que as pessoas vão ser “acompanhadas por técnicos sociais e com total respeito por todos”, frisou o presidente do município. Para Pedro Machado, este é “um modelo inovador que permite conferir privacidade aos seus residentes, bem como um melhor funcionamento das dinâmicas de convivência diária”.

Vão ser beneficiadas as famílias unipessoais, de modo a “dar resposta adequada aos desafios e realidades do presente”, reforçou o edil.

Recorde-se que o protocolo com o IHRU, que permitiu desenvolver este projecto, já havia sido assinado em Junho e, na altura, Pedro Machado lembrou que “o número de pessoas que procura habitação é grande” e que, muitas delas, vivem sozinhas.

Também era um problema, encontrar “habitações T0 ou T1” que estivessem disponíveis, logo as residências partilhadas “comportam imensas vantagens”, defendeu o autarca, que aproveitou para agradecer à associação “Ao Encontro das Raízes” por ter aceite este desafio de “fazer a gestão do projecto”.