O escritor Nuno Meireles vai apresentar, no próximo dia 7 de Dezembro, o seu mais recente trabalho “Uma vida sobre rodas – Peripécias e Curiosidades”, na Casa da Torre, em Sobrosa, Paredes. O livro irá ser apresentado por André Santos.

O autor tem estado em várias localidades a apresentar o seu mais recente trabalho que mistura situações vividas pelo autor ao longo dos anos, algumas mais engraçadas e outras mais sérias. Com esta obra, o autor pretende dar-se a conhecer ao seu público, usando com mestria o sentido de humor que acaba por estar bem vincado em praticamente todo o livro.

“Uma Vida Sobre Rodas – Peripécias e Curiosidades” marca, também, a edição do primeiro livro de Nuno Meireles, “A Vida e Eu”, publicada em 2007.

Falando sobre este livro, Nuno Meireles referiu que este trabalho é já o sexto que edita em 11 anos.

“A ideia de o escrever deveu-se à curiosidade que muitos dos meus novos leitores têm em conhecerem melhor quem é o Nuno Meireles. Como o meu primeiro livro já foi um romance autobiográfico e não queria repetir a mesma receita, optei por escrever uma espécie de livro de crónicas”, disse, salientado que que esta obra é um apanhado de algumas peripécias e curiosidades vividas ao longo dos meus 41 anos de vida.

“Momentos caricatos, divertidos e outros mais sérios. Tudo isto para mostrar às pessoas que apesar de ter necessidades especiais, não deixo de viver, brinco com as situações e alerto para alguns aspectos que penso serem necessários que a sociedade reflicta sobre eles” frisou, referindo que que este foi um dos livros que escrevi mais rapidamente, tendo demorado  mês e meio a elaborá-lo.

“Gosto de abanar com a consciência das pessoas”

O escritor assumiu que uma das características da sua obra é abordar assuntos que são delicados para a sociedade.

“Gosto de abanar com a consciência das pessoas, gosto de as fazer pensar sobre temas que no dia-a-dia passam completamente ao lado. É importante que as pessoas, apesar da vida agitada que têm, não se esqueçam que há tanta coisa que devemos prestar mais atenção do que aquela que damos, pois esses detalhes são essenciais para uma vida com maior harmonia, dar maior valor ao que não dá”, acrescentou.

Questionado se se considera um escritor, esclareceu que não se considera um escritor. “Prefiro ser considerado autor, sei que para as pessoas quem escreve livros é considerado escritor e eu vou de arrasto. No entanto, para mim, há diferenças entre um escritor e um autor. O escritor já tem de ter anos e anos de livros escritos, tem de estar já num patamar muito elevado, eu ainda tenho muito caminho pela frente para chegar a esse nível. Um autor, apesar de poder ter livros editados, apenas escreve porque tem um bichinho dentro de si e que o leva a escrever”, sustentou.

Sobre o “feedback” que a sua obra tem tido junto dos seus leitores, o autor recordou que mesmo não tendo qualquer editora por trás das edições dos seis livros já escritos por si, a sua obra tem sido bem acolhida pela comunidade de leitores.

“A prova é que todos os livros têm esgotado. Este último, por exemplo, está mesmo a esgotar a sua primeira edição. Penso que até ao Natal, o possa esgotar. A rapidez com que este livro foi vendido e a aceitação das pessoas por ele, leva-me a pensar numa segunda edição. Algo que nunca aconteceu em livros anteriores. A verdade é que desde o fim de maio deste ano, altura em que o livro foi lançado, ainda não chegamos a Dezembro e a primeira edição já está quase esgotada. Com as apresentações que tenho agendadas até meados de Dezembro, os livros vão todos”, avançou.

Quanto aos projectos que está a trabalhar, Nuno Meireles declarou que tem pronto para ser lançado um segundo volume de peripécias e curiosidades.

“Um volume ainda maior que o primeiro. Tenho ainda em standby um romance histórico que está a ser escrito já há 3 anos, mas como envolveu muita pesquisa de dados históricos e fazer o respectivo enquadramento entre o que é real e o que é ficção, tem dado muito trabalho, mas será seguramente lançado no máximo em 2020, depois da fase das peripécias e curiosidades”, sublinhou.

Nuno Meireles é presidente da direcção na empresa Amoteamar – Associação Sócio-cultural.

A Associação Sócio-cultural é uma associação que não tem fins lucrativos, mas que tem como objectivo organizar eventos culturais sempre com cariz social que promove eventos, e quando esse eventos envolvem o pagamento de algo, a maior parte das receitas reverte a favor de uma entidade de solidariedade social ou de uma pessoa singular com grandes carências económicas.

A missão da Amoteamar é a dinamização da cultura para todos e da solidariedade.

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