A Câmara de Penafiel assinou, este sábado, no salão nobre dos paços do concelho, vários contratos de investimento que vão resultar na criação de 1.000 postos de trabalho directos.

A cerimónia ficou, também, marcada pela assinatura do protocolo entre a autarquia e a Associação Empresarial de Penafiel que prevê a criação de um centro de negócios e do gabinete do investidor, acto que coincidiu com o dia em que os órgãos municipais assumiram funções.

Os mil postos de trabalhos resultam de empresas que se vão instalar em Penafiel ou de empresas que já estão instaladas no concelho e que vão expandir a sua capacidade de produção.

O presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, recordou que a atracção de investimento, a criação de emprego e empresas para o município tem sido uma das prioridades do seu executivo.

“Os contratos de investimento que ao longo do último ano, ao longo deste ano, primeiro deste mandato, foram celebrados, demonstram que este executivo teve sempre como prioridade na captação de investimento. Uma das primeiras medidas que tomamos no mandato anterior foi a criação do Plano de Atracção de Investimento, que reuniu um conjunto de medidas, muitas delas que já vinham de mandatos anteriores e inseriu outras mais actuais, e que têm, esse objectivo, constituir mecanismos de apoios às empresas instaladas e às que se vão instalar”, disse, salientado que este novos contratos vão potenciar o tecido empresarial, acrescentar valor à economia local e criar trabalho qualificado.

Referindo-se aos contratos de investimento, o autarca realçou que os oito novos contratos, no valor de 15 milhões de euros, para além de criação directa dos mil postos de trabalho vai ter um impacto indirecto na economia, potenciando outros sectores de actividade.

No domínio do desemprego, Antonino de Sousa recordou que o executivo municipal conseguiu reduzir a taxa de desemprego e o número de desempregados, situando essa redução, em final de Dezembro de 2017, em 2.700 desempregados.

“O concelho entre Dezembro de 2013 e Dezembro de 2017 viu reduzir o número de desempregados em 2.700. É verdade que a nível nacional houve essa significativa e positiva descida do desemprego, mas a verdade é que os 7% de desempregados em Penafiel representam menos em termos percentuais que os 9% da média nacional”, sustentou.

“Com a criação gabinete do investidor vamos evitar a duplicação de recursos como acontece em muitos municípios”

Falando da criação do centro de negócios e do gabinete do investidor, um projecto em parceria com a Associação Empresarial, Antonino de Sousa, reconheceu que a implementação destes dois espaços, devidamente dotados de meios e recursos, vai permitir optimizar recursos e responder às dúvidas e reivindicações dos empresários.

“Com a criação gabinete do investidor vamos evitar a duplicação de recursos como acontece em muitos municípios. Entendemos que devíamos concentrar tudo neste centro de negócios e nesta parceria com a Associação Empresarial de Penafiel. Este apoio é para todos, mas em especial para aqueles empresários que querem iniciar a sua actividade, e necessitam de apoio em termos financeiros, contabilísticos e outros”, expressou, sublinhando que a Associação Empresarial de Penafiel dispõe de condições físicas e ao nível dos recursos humanos para cumprir esta missão.

“Hoje, ser autarca é preciso ter coragem, disponibilidade, sentido de sacrifício e não ter numa expectativa de reconhecimento”

O autarca aproveitou o momento para assinalar este primeiro ano de mandato. “Não estamos a comemorar nenhuma vitória eleitoral. Estamos a assinalar a data em que os órgãos municipais tomaram posse e isso significa que iniciaram as suas responsabilidades. Faz sentido assinalar essa data, numa altura, em que poder local, tantas vezes, é maltratado. Hoje, ser autarca é preciso ter coragem, disponibilidade, sentido de sacrifício e não ter numa expectativa de reconhecimento”, acrescentou.

O presidente da Associação Empresarial de Penafiel, Pedro Bessa, assumiu que a concretização destes dois espaços (centro de negócios e gabinete do investidor) são o corolário de uma estratégia de entendimento que tem existido entre a autarquia e a associação.

“A Associação Empresarial de Penafiel tem tido um trabalho de grande proximidade com a Câmara de Penafiel que tem permitido desenvolver projectos que vão o contribuir para o  aumento da riqueza, do emprego, e para a dinamização do concelho e a criação de centenas de postos de trabalho em Penafiel”, afirmou, garantindo que a criação de redes e sinergias entre instituições é fundamental para fazer face aos novos desafios com que as associações, o tecido empresarial estão confrontados.

“Os países concorrem entre si, as regiões concorrem entre si e os municípios não fogem à regra. Só os mais audazes, os mais aptos, os mais capazes e destemidos, os mais solidários e cooperantes poderão vingar neste mundo cada vez mais global em que não cabem coutadas ou vaidades individuais”, atalhou, avançando que o projecto centro de negócios desenvolvido em parceria entre a Câmara de Penafiel e a AEP surge como ponto de partida da corporização de uma nova estratégia em Penafiel.

Pedro Bessa reconheceu que Penafiel assumir-se-á como um verdadeiro pólo centralizador de um renovado ambiente empresarial, sempre numa lógica construtiva de apoiar o município a concretizar uma estratégia que potencia as valências disponíveis.

Do lado dos empresários, foram vários os que enfatizaram a importância destes contratos de investimento e da autarquia continuar a apoiar o tecido empresarial, criando mecanismos que o permitam fortalecer esse mesmo tecido.

“É fundamental que as câmaras e o poder político apoiem o tecido empresarial. Estes contratos ajudam as empresas a prosseguir os seus intentos e a sua missão e, obviamente, ajudam a produzir riqueza, potenciam o emprego e a criar valor acrescendo”, adiantou Miguel Guimarães, presidente da empresa Bastos Viegas.

“Somos uma empresa de capital estrangeiro e é importante ter o apoio das autoridades locais para fomentar o crescimento e ajudar as empresas a criaram mais e melhor emprego”

Alexandra Vinha, representante de uma empresa de produtos hospitalares, situada na Zona Industrial n.º 1 de Penafiel, reconheceu que compete ao poder político criar mecanismos de apoio em diferentes áreas de forma a atrair os empresários e atrair empresas que criem riqueza.

“Somos uma empresa de capital estrangeiro e é importante ter o apoio das autoridades locais para fomentar o crescimento e ajudar as empresas a criaram mais e melhor emprego”, concretizou, salientando que a empresa vai fazer a expansão do edifício, transformando em área de armazém e escritórios.

Rui Sousa, responsável por uma empresa de malhas, situada no Marco de Canaveses, esclareceu que foram as condições que a autarquia proporcionou à empresa que fizeram com que a direcção da mesma vá arrancar, já no próximo ano, com a construção de uma unidade em S. Martinho de Recesinhos.

“Somos uma empresa com sede no Marco de Canaveses e no próximo ano vamos investir na zona de Recesinhos, em Penafiel. Queremos solidificar o nosso negócio e vamos empregar entre 20 a 30 novos empregos”, asseverou.