Há uns dias, publicámos os dados divulgados pelo “Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses” referentes aos cinco concelhos abrangidos pela cobertura atenta e sistemática do VERDADEIRO OLHAR e relativos às contas de 2018. O que perpassa pelo documento é a existência de contas pouco saudáveis na referida região, mas também que o processo de cura está em marcha e o medicamento a fazer efeito.

Comecemos pelas boas contas. Lousada é, há vários anos consecutivos, o município da região considerada que apresenta as contas mais saudáveis. No final de 2018, tinha um passivo de cerca de 13 milhões de euros. Isto não terá que ver com a dimensão do concelho, mas, certamente, com o bom rigor financeiro que impera na autarquia há muitos anos.

As duas Câmaras Municipais com mais dívidas são a de Paços de Ferreira e a de Paredes. A primeira, com quase 48 milhões de euros de passivo exigível, e a segunda com 50 milhões. Fazem parte das 20 mais endividadas. A meio da tabela aparece Valongo, com 28 milhões de euros, e quase no final da lista das 50 mais endividadas surge Penafiel, com perto de 25 milhões de euros.

Mas se, por um lado, é verdade que estes quatro concelhos fazem parte da lista dos 50 mais endividados, não é menos verdade que, por outro, também fazem parte da lista dos 50 municípios que mais baixaram as suas dívidas no ano passado, o que revela uma melhoria significativa na saúde orçamental de cada um deles. Destes, Valongo e Penafiel são as que mais baixaram o passivo exigível

Não se pode dizer que, à excepção de Lousada, as Câmaras Municipais da região estejam de boa saúde financeira. Mas todos os indicadores mostram que o rigor tem aumentado e o valor da dívida diminuído. Isso, por si só, é um bom indicador.