Representante do vencedor recebeu prémio

Jorge Moreira, natural da freguesia de Beire, em Paredes, venceu o prémio literário António Mendes Moreira com o texto “Lonjura”, entregue pelo autarca local, no âmbito da programação do evento “Noites Negras”.

A distinção teve como temática as “Mulheres”, inspirada na vida e obra do artista plástico paredense Henrique Silva, revela o município.

Este ano, estiveram a concurso 20 textos de todo o país e do Brasil. Cláudia Passarinho, residente de Loures, recebeu o segundo prémio, com o texto “A Caçadora da Fortuna”. O terceiro prémio foi entregue a Susana Nunes, residente de Paços de Ferreira, com o texto “Sussurro”. Inês Caeiro, residente do Barreiro, recebeu a Menção Honrosa com o texto intitulado “Alquimia dos Problemas”.

Recorde-se que o Prémio Literário “António Mendes Moreira”, incluído na programação do evento “Noites Negras”, teve como objetivo homenagear o ilustre médico com o gosto particular pela escrita, contribuir para a produção de novos textos e divulgar a literatura junto da população paredense.

O júri, presidido pela vereadora da Cultura, Beatriz Meireles, foi constituído pelos diretores da Fundação, Dionísio Pinheiro e Alice Cardoso Pinheiro e Vieira Duque, e do Jornal das Artes Entre as Letras, Nassalete Miranda, e, ainda, pela professora Maria José Santos. O primeiro prémio foi contemplado com 500 euros, o segundo recebeu 250 euros e o terceiro com 100 euros. Os três textos serão publicados na próxima edição da Revista Cultural Orpheu Paredes.

António Mendes Moreira nasceu em Paredes a 5 de julho de 1926 e faleceu a 22 de agosto de 2014. Médico de profissão cultivou o gosto pela escrita dedicando-se ao género literário: Ficção narrativa, Conto, Narrativa Autobiográfica e Romance.

Da sua bibliografia destacam-se as obras: “O Tojo Também Floresce” (1956); “Vida de Médico” (1966) e “Eu e os Outros” (7 volumes – 1983-2001). Médico desde 1951, foi diretor clínico em hospital, diretor de centro de saúde e professor do ensino secundário. Desde 1991 que existe em Paredes um prémio literário com o seu nome. O autot recebeu ainda, em 2011, a Medalha do Município.

A cerimónia ficou, ainda, marcada pela assinatura do protocolo de doação do espólio “António Mendes Moreira” ao Município de Paredes.