Susana Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal de PenafielEste título poderia estar a referir-se à situação financeira do nosso país, mas não é o caso.

De qualquer forma, é um alerta. Disso não temos dúvida.

No caso, trata-se de um artigo que saiu na semana passada no sapo24.pt (http://24.sapo.pt/article/sapo24-blogs-sapo-pt_2016_08_04_1981753532_planeta-terra–a-partir-de-segunda-feira–estamos-a-viver–a-credito) e que nos chama a atenção para o consumo desmedido dos recursos naturais do nosso planeta. Estamos em inícios de Agosto e consumimos já todos os recursos que o planeta produz para um ano, significando isto que os recursos que vamos consumir até ao final deste ano já são extra-plafond, daí a referência ao “crédito”.

A situação é, de facto, gravíssima e se calhar são ainda poucos aqueles que já perceberam o impacto que terá no futuro. Espero, assim, com estas breves palavras, alertar também o meu caro leitor para esta triste situação, para que possamos todos alterar os nossos comportamentos, os nossos hábitos de consumo e os nossos cuidados para com o meio ambiente, de maneira a não gastarmos mais do que aquilo que o planeta Terra é capaz de nos dar. A bem da nossa geração e das gerações futuras.

E este alerta serve também para os cuidados com as nossas florestas e demais espaços verdes.

Estamos no Verão em pleno Agosto. O termómetro marca, ao meio dia, 38 graus.

Olho pela janela e só vejo fumo no ar. Nem a luz do sol nem o azul do céu se consegue vislumbrar, tanto é o fumo dos muitos incêndios que assolam o nosso concelho e a nossa região por estes dias.

No passado domingo, foram dezenas de incêndios em Penafiel. Não se explica uma situação destas.

Será fogo posto? A ser, quem tem interesse e a coragem de fazer tão mal? Que motivos levam alguém a atear o fogo, muitas vezes pondo em risco a vida de pessoas, animais, habitações, veículos, etc?

Como se resolve este cenário devastador que encontramos em Penafiel, na nossa região e em todo o país, de uma forma geral?!

É triste que os incêndios se repitam ano após ano, em 2016 com maior incidência do que em 2015, sem que haja forma de resolver ou pelo menos atenuar o seu impacto.

Temos, por isso, todos a responsabilidade de estar atentos e denunciar aqueles que ateiam o fogo, mas também aqueles que são proprietários de terrenos e que não os limpam.

Termino com uma palavra de agradecimento e de força a todos os nossos bombeiros que têm estado horas e horas a fio no combate aos incêndios, sem descansar, para salvar pessoas, animais e as suas casas de incêndios que alguém se lembrou de atear, por interesse ou pura manobra de diversão.

Obrigada e bem haja pelo vosso trabalho, disponibilidade e bravura.