O grupo parlamentar do CDS-PP apresentou, esta quarta-feira, um projecto de resolução na Assembleia da República em que recomenda ao Governo que sejam realizadas obras urgentes na Escola EB 2,3 D. António Ferreira Gomes, em Ermesinde, Valongo, “alocando, para o efeito, os meios financeiros necessários”.

A escola, com cerca de 350 alunos do 5.º ao 9.º ano, precisa de obras urgentes no telhado e de novos estores.

Recorde-se que, como noticiou o Verdadeiro Olhar com base nas queixas da associação de pais, “sempre que chove com mais intensidade, o cenário é invariavelmente o mesmo – a água escorre pelas paredes e inunda os corredores que ligam as duas escadarias de acesso ao primeiro andar e também o átrio principal da escola. Por segurança, os corredores de acesso às salas de aula são fechados, porque chove como na rua”, explica o CDS-PP.

O partido lembra que a situação não é nova, “mas intensificou-se com as intempéries de há cerca de um ano, que provocaram mais fendas e buracos nas três claraboias de vidro e de acrílico existentes na cobertura do edifício escolar, inaugurado em 1991 e sem nunca ter beneficiado de obras de fundo”.

Segundo o documento, devido às infiltrações de água já ocorreram curtos circuitos nalguns quadros eléctricos. A situação já foi reportada, por diversas vezes, à Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), mas a intervenção realizada no telhado não resolveu o problema.

A esta questão acrescem os problemas ao nível dos estores, “todos com mais de vinte anos e sem peças no mercado que possam substituir as existentes”. “Muitos dos estores não abrem nem fecham, e a situação agrava-se diariamente, ficando salas, corredores, biblioteca e outros locais fechados, sem luz do dia. Por outro lado, outros espaços ficam com sol, dificultando a visão dos alunos para o quadro”, explica o CDS baseando-se nas queixas feitas pelos pais.

“O avançado estado de degradação da cobertura da Escola EB 2,3 D. António Ferreira Gomes, em Ermesinde, está a condicionar a qualidade da prática educativa e a pôr em causa a segurança de alunos, professores e pessoal não docente”, acredita o CDS-PP, que informa ainda o Governo de que a associação de pais da escola já entregou um dossier, em mãos, ao ministro da Educação, sobre o estado do edifício, que continua, ainda assim, sem intervenção.