A Câmara Municipal de Valongo aprovou, esta quinta-feira, em reunião de executivo, a contracção de um novo empréstimo de médio e longo prazo no valor de 10,5 milhões de euros.

Segundo José Manuel Ribeiro, a opção vem no seguimento do Orçamento de Estado, que permite aos municípios substituir dívida, contratualizando empréstimos de médio e longo prazo para pagar outros empréstimos. Com este montante, a Câmara de Valongo vai liquidar o empréstimo relativo ao PAEL (Programa de Apoio à Economia Local).

Esse empréstimo fica saldado e a autarquia fica com um plano menos pesado e distribuído por mais tempo, passando de nove anos (os restantes do PAEL) para 20 anos. “O objectivo é libertar recursos e fazer mais”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Valongo, defendendo que o esforço anual a rondar os 1,8 milhões de euros pode baixar para cerca de 800 mil euros (valor estimado e ainda não apurado).

Para Luís Ramalho, “trocar uma dívida a nove anos por uma dívida a 20 anos é hipotecar as gerações futuras”. O vereador do PSD/CDS diz que a oposição concorda com esta renegociação mas não percebe “porque se empurra o problema para a frente”. Questionou ainda que poupança é que isso traria para o município.

“Este empréstimo não aumenta a dívida e diminui o serviço da dívida, não se trata de poupança”, frisou José Manuel Ribeiro, sendo que a autarquia pode obter melhores condições de financiamento. “Quem hipotecou o futuro foi quem fez esta dívida antes de nós, antes de nós os nove que não exercíamos aqui funções”, sustentou, aludindo, no entanto, à dívida deixada pelo PSD que obrigou a aderir ao PAEL.

O PSD votou contra, mas a proposta foi aprovada pela maioria socialista.