O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência

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Título: O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência

Autor: Emma Reyes

Editora: Quetzal

Preço: 17,70€

 

 

 

Um impressionante relato pessoal em vinte e três cartas, que nos faz pensar em Dickens transposto para o século XX.

O Livro de Emma Reyes – Memória por Correspondência relata as memórias da duríssima infância – de abandono e exploração – da pintora colombiana Emma Reyes. É também uma história de superação de inimagináveis circunstâncias por parte de uma mulher conduzida pela sua vontade férrea de liberdade.

Quando surgiu pela primeira vez na Colômbia, em 2012, quase dez anos após a morte da autora, esta autobiografia epistolar foi imediatamente considerada como um clássico. Em 23 cartas dirigidas ao amigo Germán Arciniegas, Reyes conta a história da sua infância e juventude, sem artifícios nem sentimentalismos, mas com competência e encanto narrativo raros. Publicado em mais de uma dezena de países, o livro conta com introdução de Leila Guerriero e dois textos finais, um por Gérman Arciniegas e outro por Diego Garzón.

Emma Reyes (1919-2003) nasceu na mais absoluta pobreza, em Bogotá. Criança ilegítima e abandonada, foi uma adolescente analfabeta até aos 18 anos. Tornou-se depois pintora, trabalhando e convivendo com artistas e intelectuais do seu tempo. Embora não se tenha tornado famosa, era recordada, à data da sua morte, como “mama grande” por artistas e escritores latino americanos em França e como uma maravilhosa contadora de histórias. Emma dizia do seu trabalho artístico: «É verdade que a minha pintura são gritos sem correntes de ar» e os artistas que a rodeavam reconheciam as qualidades narrativas da sua obra: «O Luis Caballero diz que eu não pinto os meus quadros, mas que os escrevo»
A regularidade da correspondência que enviava a Arciniegas sofreu uma interrupção, no momento em que o historiador, entusiasmado com a qualidade literária da escrita de Reyes, decidiu partilhar as cartas com outro famoso colombiano: Gabriel García Márquez. Semanas mais tarde, Gabo ligou a Emma para lhe dizer o quanto as tinha apreciado, e esta respondeu com fúria. Durante muito tempo a pintora não voltou a escrever a Arciniegas.