O Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre os problemas que têm sido apontados ao aterro da Recivalongo, em Sobrado, Valongo.

“Com o passar do tempo, esta empresa foi diversificando a sua actividade, sendo-lhe atribuídas novas licenças de exploração, pela CCDR Norte e pelo Governo, ficando disponível para receber mais de 400 tipos de resíduos, desde lamas a amianto, e que ultrapassam largamente o tipo de resíduos para que foi criada aquando da sua instalação”, critica o BE.

“As populações residentes nas redondezas ficam impedidas de abrir as janelas devido ao cheiro nauseabundo. As análises feitas a mando da Câmara Municipal local indicam contaminação dos lençóis freáticos envolventes”, diz ainda o documento levado ao Governo.

A população e os órgãos autárquicos temem pela saúde e pelo ambiente, salienta o partido.

“Em 2018, durante o período de consulta pública para a renovação das licenças, a autarquia contestou o licenciamento. No entanto, contra os pareceres da União de Freguesias de Campo e Sobrado e da Câmara Municipal de Valongo, o licenciamento foi diferido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte”, critica o Bloco, questionando quais as licenças de exploração concedidas à empresa Recivalongo, que resíduos estão autorizados a processar, que tipo de fiscalização é efectuada e com que periocidade e porque razão avançou a CCDR-N para o licenciamento tendo tido pareceres negativos do poder local.