O presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira defende que é “urgente” exonerar o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho.

“A AICEP ou está morta ou tem clientes (leia-se municípios) certos para as propostas de captação de investimento”, critica Humberto Brito, em comunicado. O autarca defende que deve estar à frente da AICEP alguém que “lute pelas empresas portuguesas e trabalhe”.

“Paços de Ferreira precisa de um presidente da AICEP que valorize e apoie as indústrias do mobiliário e têxtil (com taxas de crescimento acima dos dois dígitos) e, simultaneamente, não procure impedir a concretização de projectos de vital interesse para o concelho de Paços de Ferreira, em benefício de outros concelhos”, sustenta o presidente da Câmara.

 

Ex-presidente da CCDRN nunca tratou os municípios com “equidade e justiça”

Por outro lado, o autarca mostra-se satisfeito com a decisão do Governo em exonerar Emídio Gomes da presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), já que, sustenta, este dirigente nunca tratou os municípios com “equidade e justiça”. “A decisão peca por tardia. Emídio Gomes foi um mau presidente da CCDRN, preso às suas simpatias pessoais e não a um projecto de desenvolvimento sustentado e integrado de toda a Região Norte. Além disso, prejudicou a região do Tâmega e Sousa que precisa de investimentos para recuperar o atraso em que se encontra”, refere o comunicado da autarquia.

Humberto Brito critica o comportamento que houve para com o município de Paços de Ferreira, afirmando que “foram tomadas sucessivas decisões que sempre prejudicaram o concelho: fosse não considerar Paços de Ferreira no overbooking; fosse na resolução dos fundos comunitários da PFR Invest, que deu a machadada final nesta empresa municipal; fosse ainda na recente condenação do município obrigando-o a devolver mais de 230 mil euros de fundos comunitários”.

Recorde-se que a actuação de Emídio Gomes, exonerado pelo Governo no início deste mês, tem sido alvo de críticas por parte de outros autarcas.