Com as eleições autárquicas à vista começam a bulir todos os perfis falsos e grupos criados estratégica e propositadamente para criticar o executivo camarário. Em ataques onde são lançadas pedras escondendo a mão e a identidade de quem criou essas mesmas pedras.

É um bom exemplo o caso da atualização do tarifário da água. A Câmara de Valongo teve, neste início de ano, de atualizar o tarifário da água em 85 cêntimos por cada 10m3. Fez isso porque lhe apeteceu? Porque achou que, num ano de pandemia, de sufoco económico e agudização das diferenças sociais, seria bom aumentar o custo da água? Alguém acredita nisto?!

Pois bem, o executivo PS teve de atualizar o tarifário da água porque está obrigado por contrato. Um contrato de concessão que o PSD trouxe para Valongo em 2000.  Se o PS herdou uma concessão quando entrou na câmara em outubro de 2013, o que poderia fazer? A meu ver só tinha três opções:

  1. Rasgava o contrato de concessão e desembolsava várias dezenas de milhões. Milhões que não tem e se pedisse dinheiro para esse efeito deixaria a câmara na miséria.
  2. Assobiava para o lado e fingia que a concessão não existia fazendo tábua rasa do compromisso assinado por outro executivo, mas lembro que estamos num estado de direito e as autarquias não podem, de forma impune, ignorarem contratos. Nem podem e nem nós o faríamos, pois, a câmara tem de ser uma entidade de bem e que dá, em qualquer situação, o bom exemplo.
  3. Ou assumia os compromissos que outros assinaram. Assumindo esses compromissos foi obrigado a fazer um reequilíbrio financeiro da concessão, que em 2008 entrou em desequilíbrio, muito provavelmente porque no passado não atualizavam as tarifas quando dava jeito, empurrando-as para a frente. Só que o empurrar problemas com a barriga tem dois efeitos: A determinada altura a empresa diz “Basta”, e as atualizações que não foram feitas, e que não são esquecidas, vão pesar na fatura dos anos seguintes. Por isso o PS foi obrigado a resolver mais este problema criado pelo PSD e isso implicou atualizações tarifárias e consequentes aumentos.

Mas importante é perceber – não podendo travar este aumento e sabendo que ele é penalizador numa altura em que qualquer aumento é mais uma chaga para muitas famílias cuja vida está demasiado martirizada por culpa deste maldito vírus – o que o executivo camarário fará para ajudar os seus munícipes.

Pois este executivo PS decidiu assumir o custo deste aumento!

Só que isso não interessa dizer. Nos tais perfis falsos e grupos criados para criticar e denegrir, só interessa dizer uma parte da verdade para que ninguém os acuse de mentir. Mas quando se extrai uma parte simples de uma verdade complexa estamos a desvirtuar a mesma e na minha opinião, a forjar uma mentira.

Aproveito para esclarecer duas coisas:

1) este aumento já estava contratualmente previsto. Só acontece porque desde 2008 que a concessão apresentava um desequilíbrio e esta atualização não era possível adiar. Se adiássemos, por estratégia eleitoral, a fatura seria mais pesada no próximo ano.

2) para além deste apoio outros serão dados à imagem dos apoios que já foram dados em 2020 para minimizar os impactos negativos do Covid19. Um dos vários apoios será, entre março e maio, além de não serem afetados pela atualização tarifária como já referi, os consumidores domésticos também verão reduzida a fatura da água, porque o preço do segundo escalão [dos 6 aos 15 metros cúbicos] será igual ao do primeiro escalão [até 5 metros cúbicos], ou seja, até aos 15 metros cúbicos será praticado o preço mais reduzido.

Medidas que no ano passado custaram quase 2 milhões de euros ao município e que este ano, e para já, custarão 1 MILHÃO.

Isto mostra que quem está à frente dos destinos do concelho de Valongo é sério, está para fazer política séria e não mera e reles politiquice.

1 Comentário

  1. Pois não esquecer que a Camara de Paredes também ela de executivo socialista resgatou a concessão.

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