Em 2018, houve acontecimentos bons e outros menos bons que marcaram a região.

Um dos menos bons foi a queda de um helicóptero do INEM, na Serra da Santa Justa, em Valongo. Uma tragédia que ceifou a vida a quatro pessoas, uma delas uma enfermeira de Paredes.

Durante dias não se falou de outra coisa. Desde o desaparecimento às buscas até à descoberta dos corpos e às romarias de curiosos que acorreram ao local.

As primeiras notícias do desaparecimento do helicóptero, um Agusta A109S operado pela empresa Babcock que regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, depois de realizar uma missão de emergência médica de transporte de um doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto, chegaram ao início da noite de sábado, dia 15 de Dezembro. Seguiram-se horas de buscas, com centenas de bombeiros e elementos da protecção civil, debaixo de chuva e nevoeiro, ainda com esperança de encontrar com vida os quatro tripulantes, dois pilotos, um médico e uma enfermeira.

As más notícias chegaram ao início da manhã de domingo. Tinham sido encontrados os destroços do helicóptero, que terá embatido numa antena, e não havia sobreviventes.

Os funerais das vítimas contaram com centenas de pessoas que quiseram homenagear quem deu a vida pela causa do socorro. Em Baltar, Paredes, de onde era Daniela Silva, jovem enfermeira e bombeira durante cerca de 20 anos, gerou-se uma onda de comoção. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou presença no seu funeral.

Reivindicação da ferrovia no Vale do Sousa

Não é fácil ver autarcas, muitas vezes focados nos seus próprios problemas concelhios ou até mesmo ambições pessoais, a lutar por um mesmo objectivo. Sobretudo nesta região, com territórios dispersos e com níveis de desenvolvimento muito distintos.

Mas o que é facto é que, este ano, assistimos à união de um grupo de autarcas, especialistas e políticos, em torno do mesmo projecto: a criação da Linha do Vale do Sousa, que ligaria Valongo a Felgueiras, passando por Paredes, Paços de Ferreira e Lousada.

“Muitas vezes temos responsabilidades quando não nos juntamos para fazer face ao centralismo de Lisboa”, reconheceu Humberto Brito, autarca de Paços de Ferreira e um dos grandes defensores da ideia.

Os presidentes da câmara destes concelhos acreditam que esta linha de comboio viria resolver um problema de mobilidade e também trazer coesão territorial, social e económica a um território que é, simultaneamente, o mais pobre e o mais jovem do país.

Numa conferência realizada em Rebordosa, Paredes, foi apresentado o projecto, que a região pretende ver incluído no Plano Nacional de Investimentos 2030. Os traçados preliminares apontam para uma linha com 36,5 quilómetros orçada em cerca de 300 milhões de euros que serviria cerca de 400 mil pessoas.

O Governo prometeu estudar o tema. Vamos acreditar que a união faz a força.

Encontro de Investidores da Diáspora

Motivo de orgulho para uma região que tem os mais baixos indicadores de desenvolvimento do país mas que é também a mais jovem, foi também receber um evento que trouxe ao território, mais concretamente a Penafiel, mais de 600 participantes, entre investidores e lusodescendentes, oriundos de mais de 35 países. O III Encontro de Investidores da Diáspora, organizado pela Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa e pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, através do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, com o apoio da Câmara Municipal de Penafiel, trouxe ainda à região 13 membros do Governo, entre ministros e secretários de Estado, e entidades e programas nacionais de apoio ao investimento, à competitividade e à internacionalização.

Os autarcas defenderam que este foi o “maior fórum de captação de investimento e de promoção do Tâmega e Sousa alguma vez realizado” e acreditam que terá impacto no território.

 

Conheça os premiados das outras categorias:

Personalidade do Ano

Empresa do Ano

Entidade Cultural do Ano

Entidade Desportiva/Desportista do Ano

Jovem Desportista do Ano

Jovem do Ano

Político do Ano

Projecto Social do Ano