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O serviço de Urgência de Pediatria, do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), vai reabrir em dezembro, todos os dias úteis, das 00h00 às 24h00, o que quer dizer que aquela valência vai estar disponível a partir da próxima segunda-feira, uma vez que amanhã é feriado.

A notícia é avançada em comunicado, por aquela unidade de saúde que relembra que “face aos acontecimentos recentes no país e à reavaliação que os médicos estão a fazer sobre a continuidade da indisponibilidade para completar as escalas de urgência, foi possível garantir a reabertura do serviço”.

Nos restabtes dias, o hospital de referência continua a ser o São João, no Porto.

Recorde-se que, no dia 3 de novembro, dezenas de utente do Serviço Nacional de Saúde se manifestaram, junto do hospital de Penafiel, contra o encerramento das urgências e pediram “mais responsabilidade” ao Governo e profissionais.

Desde o dia 1 de novembro, que o hospital de Penafiel mantinha “encerrado para o exterior até novas indicações”, o bloco de partos e a admissão para o serviço de urgência de obstetrícia e ginecologia.

Uma decisão do CHTS, com sede em Penafiel, que teve a ver com “indisponibilidade de médicos” que permitissem completar as escalas de urgência.

O hospital de Penafiel, a par com o de Amarante, integra o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), responsável por assistir uma população de mais de meio milhão de pessoas residentes no território, sendo que é considerada a segunda maior urgência a norte do país.

Já no dia 3 de outubro, o hospital de Penafiel tinha anunciado o “desvio de doentes da urgência externa”, por não conseguir reunir o mínimo de especialistas em cirurgia geral, uma situação motivada pela recusa dos médicos em fazer mais horas extraordinárias.

Refira-se que, após 19 meses de negociação o Governo anunciou, terça-feira, que foi alcançado um acordo com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Em comunicado, o Governo referia ter concluído “as negociações com as estruturas representativas dos médicos, tendo chegado a um acordo intercalar com o Sindicato Independente dos Médicos para um aumento dos salários em janeiro de 2024”. De fora deste acordo fica a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Na mesma nota, destacou o “enorme esforço para ir ao encontro das reivindicações das estruturas sindicais” ao longo do processo negocial e a necessidade de reforçar o Serviço Nacional de Saúde num “quadro de responsabilidade orçamental e equilíbrio entre as carreiras da administração pública”.