O PSD aproveitou a última Assembleia Municipal para criticar as soluções “avulsas” e “provisórias” implementadas no trânsito da cidade de Paredes, que está “uma confusão”, e para pedir ao executivo um plano de mobilidade.

“Afinal o que quer o senhor presidente para o trânsito desta cidade? Passados três anos do início do seu mandato, e um ano e meio desde que começamos a subir a Avenida da República com duas rodas na ciclovia e duas rodas na estrada, para quando o tal estudo acerca da mobilidade na cidade de Paredes? Para quando a solução definitiva para a Avenida da República? Para quando uma solução que possa ser discutida em Assembleia Municipal?”, questionou Manuel Gomes.

“O trânsito da nossa cidade vive na indefinição, assenta em soluções provisórias, o trânsito de Paredes está uma confusão”, sustentou ainda o eleito social-democrata.

Como exemplo deu a rotunda criada junto à EB 2,3 de Paredes, “mais um teste, mais uma solução temporária, mais uma prova de incapacidade”, que gera manhãs caóticas naquele local, afirmou.

Há falta de soluções, mas também ideias avulsas para complicar, sustentou. Em causa a rotunda criada na Avenida Sá Carneiro que “conseguiu colocar trânsito onde não existia”. “Colocou rotundas de 50 em 50 metros para complicar e fazer um investimento desnecessário. Compreendo que aquela zona fosse perigosa e de frequentes acidentes, mas uma solução mais barata era colocar separador central e obrigar os veículos a ir à rotunda da Estação e, no outro sentido, à rotunda junto ao pavilhão”, argumentou Manuel Gomes. “Não precisava de gastar mais de 100 mil euros naquela rotunda. Foi uma solução avulsa, não enquadrada, sem plano estratégico e uma má decisão”, sentenciou.

Na resposta, o presidente da Câmara negou qualquer confusão no trânsito. “Quando disse que a última rotunda que fizemos se resolvia com um separador central, mostra bem a forma displicente e em cima do joelho como tratam os assuntos”, criticou Alexandre Almeida. “O grande problema daquele local, o principal ponto negro da cidade de Paredes, era o facto de a quem desce aparecerem pessoas a atravessar”, sustentou, dizendo que a rotunda era a solução a adoptar. “Fiz primeiro a outra rotunda à beira da Estação, porque tínhamos de iniciar o trânsito nos dois sentidos na Avenida da República, porque esta era mais prioritária”, garantiu.

Segundo o autarca, o trânsito na Avenida da República é uma questão assumida e “vai continuar a funcionar nos dois sentidos até ao ponto em que quisemos que funcionasse assim”.

Num tom mais político, o autarca comentou ainda: “Às vezes pensam que já estamos aqui há 20 anos como vocês. Querem que façamos tudo. Às vezes até se devem interrogar como fazemos tanto. Mexemos no trânsito, tratamos dos ciganos, do saneamento, do Complexo das Laranjeiras, da piscina ao ar livre, do estacionamento… Mas tenha calma, estamos aqui há três anos”.