Tâmega e Sousa e AM Porto com quebras de facturação abaixo da média nacional apesar da maior incidência de casos Covid-19

Estas regiões não sentiram com tanta intensidade a variação na facturação registada pelo E-factura, diz o INE

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As sub-regiões Tâmega e Sousa e Área Metropolitana do Porto tiveram “um desempenho do valor de facturação menos negativo no contexto da pandemia”, conclui o Instituto Nacional de Estatística (INE) na análise “COVID-19: como a pandemia afectou as economias regionais?”.

Segundo o documento, que relaciona a taxa de variação homóloga do valor de facturação com o número de casos confirmados de Covid-19 por 100 mil habitantes ao nível das sub-regiões, o Tâmega e Sousa (1.499 de incidência) e a Área Metropolitana do Porto (1.184) registaram um número de casos confirmados por 100 mil habitantes superior à média nacional (de 1.179), “contudo, o efeito da pandemia não se fez sentir com tanta intensidade na diminuição do valor facturado nestas sub-regiões, sendo a contracção homóloga inferior à registada no país (-9,4% e -11,0%, respectivamente)”. A variação nacional foi de -14,8%.

O trabalho do INE procura retractar as diferentes dinâmicas da actividade económica a nível regional no contexto da pandemia Covid-19, tendo por base a informação do E-factura, cedida pela Autoridade Tributária e Aduaneira. Foi analisado o período de Março a Novembro de 2020 por comparação homóloga com Março a Novembro de 2019.

Entre esses meses de 2020, os valores de facturação das actividades de alojamento e das actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas representaram menos de metade do valor facturado que no mesmo período de 2019.

As actividades de alojamento caíram 67,6% e as actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas 50,6%, enquanto as actividades de restauração e similares tiveram uma variação de -43,2%, no contexto nacional.

Destaque para a quebra da Área Metropolitana do Porto (onde se integram Paredes e Valongo) de 74,8% no alojamento, 41,5% na restauração e 31% nas actividades artísticas.

Já no Tâmega e Sousa (que inclui os concelhos de Lousada, Paços de Ferreira e Penafiel), a variação face ao mesmo período de 2019 foi de -45,3% no alojamento, -33,1% na restauração e de -14,7% nas actividades artísticas.