A Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa (ULS) vai dispensar 35 enfermeiros que estavam contratados por seis meses, no âmbito do plano de contingência de inverno, ao abrigo do Regime Excecional de Contratação. A informação é do Sindicato dos Enfermeiros (SE) que, emk comunicado, revela que é uma “prática que não é nova, nem exclusiva desta unidade”.

A situação abrange profissionais que já foram dispensados ou que vão sê-lo em breve, lê-se ainda na nota.

Pedro Costa, presidente do SE, citado pela Lusa, refere que, segundo as informações recolhidas, a ULS estará a ponderar “voltar a contratar aqueles enfermeiros por via do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), para estágios profissionais, nos casos possíveis, por ficarem muito mais baratos à instituição”.

“Este é mais um dos muitos estratagemas utilizados pelos serviços de saúde para contratarem pessoal, a baixo custo para a unidade e, assim, procurarem assegurar que conseguem cumprir um mínimo das escalas de serviço e das dotações seguras emanadas pela Ordem dos Enfermeiros”, afirma o dirigente, elencando que, esta situação mostra que a “enfermagem tem vindo sucessivamente a ser desvalorizada”.

Sobre a dispensa dos profissionais, a administração da ULS, enviou à Lusa um esclarecimento, explicando que, os 35 enfermeiros foram contratados em dezembro de 2023, no âmbito do plano de contingência de inverno, ao abrigo do Regime Excecional de Contratação, sendo que, e de acordo com aquele regime legal, o prazo de seis meses previsto nos contratos não pode ser renovável, obrigação que é aplicada a todos os hospitais do país.

Nesta altura, a unidade aguarda a aprovação do Plano de Desenvolvimento Organizacional por parte da tutela, “o que que permitirá proceder à contratação de enfermeiros para suprir necessidades”.

Além disso, diz ainda a administração da ULS do Tâmega e Sousa, que já foi aprovada a abertura de novo procedimento concursal para “constituição de bolsa de recrutamento para enfermeiros, para permitir contratações futuras”.