Francisco Coelho da Rocha

Na próxima segunda-feira, celebra-se o Dia Internacional do Voluntariado. A ONU, que instituiu este dia em 1985, define o voluntário como “uma pessoa que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de actividades, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros campos”.

O dia será lembrado um pouco por cada um dos concelhos da região. Na semana passada, publicamos um trabalho sobre os 25 anos da Liga de Amigos do Hospital Padre Américo, que conta com cerca de 150 voluntários, e que todos os dias apoiam centenas de pessoas, com lanches, ajudas técnicas e alimentação e vestuário para utentes e famílias carenciadas.

Na região há muitas instituições que foram criadas e conseguiram-se manter em funcionamento graças à actuação dos voluntários. O exemplo mais visível é o das várias corporações de bombeiros. Mas também outras, como a Casa do Gaiato, em Beire.

Lembro-me de dois amigos, empresários e já com alguma idade, que são voluntários na Casa do Gaiato. Vão semanalmente fazer qualquer actividade que seja necessária. Organizam armários, cortam as unhas aos velhinhos acamados, fazem a barba a outros, entre outras tarefas. Com eles não há desculpas, vão sempre e fazem o que for necessário.

O trabalho voluntário é, nada mais, do prestar um serviço a alguém, sem intenção de lucro, mas onde no fim quem ganha mais é o próprio voluntário: porque faz amigos, acumula experiência, auxilia quem precisa e recebe sorrisos sinceros.