O Rotary Club de Paredes e vários alunos que frequentam o ensino secundário no Colégio Casa Mãe plantaram, esta manhã, 100 árvores autóctones (carvalhos e medronheiros) no Parque da Cidade de Paredes. A iniciativa teve como propósito contribuir para a reflorestação deste espaço emblemático da cidade, sensibilizar a comunidade para a importância deste pulmão verde e contribuir para uma maior consciência ambiental de todos.

Ao Verdadeiro Olhar, a presidente do Rotary Club de Paredes, Alda Neto, destacou que esta actividade nasceu de um repto lançado pelo presidente do Rotary Internacional a todos os movimentos rotários para que plantassem uma árvore por cada elemento que fazem parte e dão expressão ao movimento rotário internacional.

“Como  é do conhecimento público, Portugal recentemente foi flagelado por vários incêndios que destruíram bens, atingiram comunidades inteiras e destruíram a nossa floresta. O objectivo do Rotary em Portugal seria o de até dia 21 de Março, dia em que se celebra o dia Mundial da Floresta, plantar o maior número de árvores possíveis. Estamos a falar de árvores autóctones, carvalhos e medronheiros”, disse.

Alda Neto realçou, também, a colaboração dos alunos do Colégio da Casa Mãe que têm participado com o movimento rotário de Paredes em vários projectos, nomeadamente o projecto para a construção de uma sala de aulas em Moçambique, encher uma caixa com um milhão de cêntimos, o equivalente a 10 mil euros que será usado para combater a poliomielite.

“A preservação do ambiente é uma tarefa que compete a todos”

José Silvestre, 11.º ano, aluno do Colégio Casa Mãe, assumiu que esta acção resultado de um trabalho de articulação entre as duas instituições, é meritória e pretende mobilizar a sociedade para a questão do equilíbrio ambiental e da valorização dos recursos naturais.

“A preservação do ambiente é uma tarefa que compete a todos, somos alunos de ciências e como tal esta é uma temática que nos interessa não apenas como alunos, mas como cidadãos”, afirmou, frisando que o Parque da Cidade é um espaço emblemático que merece ser preservado.

Pedro Magalhães, 11.º ano, concordou que esta é uma iniciativa que deve mobilizar todos os cidadãos, constituindo um imperativo categórico de todos e da comunidade a preservação dos recursos e do meio ambiente.

“Todos vivemos de forma trágica a praga dos incêndios que deflagraram recentemente no país, com consequências trágicas e que são conhecidas, pelo que todo o contributo  que possamos dar para preservar os espaços verdes e a nossa floresta é bem-vindo. Daí estarmos a plantar árvores autóctones e não o eucalipto que, como sabemos, teve os efeitos nefastos que são conhecidos”, avançou, reforçando que estas acções ajudam a criar uma maior consciência ecológica.

Luís Francisco, 11.º ano de escolaridade, enalteceu esta actividade pelo facto de  contribuir para melhorar a sustentabilidade ambiental e ecológica assim como a qualidade de vida dos cidadãos. “Embora sendo natural de Castelo de Paiva, venho muitas vezes ao Parque da Cidade com a minha família, e é sempre agradável estar aqui no Verão,  desfrutar este espaço  verde e usufruir de tudo o que ele tem para nos dar”, constatou.

Manuel Ruão, coordenador desta actividade, relevou que o Rotary Club de Paredes está disponível para se assumir como um parceiro na defesa dos recursos naturais, contribuindo para o tão desejado equilíbrio ambiental.

Manuel Ruão manifestou, também, em nome do Rotary, que gostaria  de ver esta acção replicada noutros pontos do concelho.

“Gastaríamos de ver estas iniciativas replicadas se esse for o entendimento da Câmara de Paredes e das juntas de freguesia do concelho, cá estaremos para dar o nosso contributo”

“Gastaríamos de ver estas iniciativas replicadas se esse for o entendimento da Câmara de Paredes e das juntas de freguesia do concelho, cá estaremos para dar o nosso contributo. As pessoas estão mais sensibilizadas e facilmente aderirão a estas actividades que contribuem para a biodiversidade. Ninguém ganha dinheiro com a biodiversidade, mas ficamos a ganhar pela melhoria das condições de vida. A sustentabilidade do planeta  e dos recursos e das próprias economias faz-se, também, com estas iniciativas. Este é o caminho”, avançou, sublinhando que é necessário consciencializar os mais novos  para a importância das árvores e da preservação dos espaços verdes.

Manuel Ruão concretizou, também, que esta actividade está integrada no projecto das 100 mil árvores da Área Metropolitana do Porto.

O projecto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto é um projecto que agregada várias organizações e cidadãos com o objectivo de criar e manter florestas urbanas nativas nesta região, contribuindo para a biodiversidade.

Silva Pereira, residente em Baltar, membro do Rotary Club de Paredes enalteceu esta tendência actual da protecção da floresta, manifestando que tem ser encarada  como um desígnio nacional e mobilizar todos os portugueses.

Já Elisa Marques, residente em Paredes, relevou o facto de novos e mais idosos estarem irmanados numa actividade que é fundamental para equilíbrio ambiental e ecológico do planeta.