FA Guarda Nacional Republicana (GNR) registou 140 crimes de bullying e cyberbullying no último ano letivo. O número é avançado pela GNR que, neste âmbito, desenvolveu 1285 iniciativas de sensibilização

Estas ações foram direcionadas a 52 652 crianças, jovens e adultos, maioritariamente em contexto escolar.

“No mesmo ano letivo, a guarda registou 140 crimes, envolvendo bullying e cyberbullying”, diz a GNR, que apresenta estes dados provisórios no Dia Mundial de Combate ao Bullying.

Esta força de segurança pretende “alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens”, numa “estratégia de consciencialização que visa contribuir para a mudança de comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face à violência nas escolas”, diz a nota de imprensa.

Recordando que “a violência ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas esconde ou evita a denúncia da agressão sofrida”, é sublinhado que, “esta sensibilização é extensível aos pais, professores e funcionários pelos sinais de alerta que devem procurar denunciar e saber reconhecer, no contexto escolar e em ambiente familiar”.

O bullying um conjunto de atos de violência física ou psicológica, intencionais e reiterados, praticados por uma ou mais pessoas no contexto de uma relação desigual de poder, causando dor e angústia nas vítimas.

Atualmente, e associado às redes sociais, o bullying tem assumido novos contornos, dando origem à vertente virtual do cyberbullying.

Os sinais de alerta são silenciosos e podem estar associados a alterações de humor, abatimento físico ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes como dores de cabeça e de estômago, perturbações no sono e nódoas negras, bem como irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento.

“Pese embora o bullying não se encontrar tipificado na legislação penal como crime, o mesmo está associado a vários crimes, tais como crimes de ofensas à integridade física, injúrias, ameaça e coação, correspondendo os dois primeiros aos comportamentos mais frequentes”, explica a GNR que tem procurado promover campanhas, com temas associados à violência, à cidadania e à não-discriminação, aos direitos humanos e direitos da criança ou a regras quanto à utilização da internet.

“A GNR possui militares com formação especializada, que desempenham um papel essencial no acompanhamento personalizado às vítimas, encarregando-se de encaminhar as mesmas para outras instituições com competência neste âmbito”, conclui a nota de imprensa.