Raquel Moreira da Silva não vai avançar com a candidatura à liderança do PSD Paredes. “Como não suporto situações dúbias e comportamentos enigmáticos só me resta retirar a minha Candidatura à Comissão Política do PSD/Paredes”, explica em comunicado enviado ao VERDADEIRO OLHAR.

A ex-vereadora diz que sentiu uma “quebra de apoios” e de “solidariedade política” e que essa era condição “fundamental” para avançar.

“A condição fundamental era que o apoio político tinha que ser sólido e solidário”

“Ao longo do meu percurso político sempre me pautei pela honradez, dedicação, muito trabalho e respeito pela minha consciência e dignidade”, começa por dizer a ex-vereadora, sustentando que sempre assumiu todos os convites sem medos e com vontade de vencer.

Raquel Moreira da Silva lembra todo o processo que a levou a afirmar-se candidata às eleições de 5 de Março. “No dia 13 de Janeiro fui convidada pelo presidente da Câmara de Paredes, Celso Ferreira, a encabeçar uma lista de candidatura à Comissão Política do PSD/ Paredes. Nessa reunião, afirmou que a indicação do nome tinha partido do companheiro Manuel Fernando Rocha e que ambos estavam de acordo com o facto de que eu seria a pessoa certa, por força da minha dinâmica, dedicação e trabalho demonstrado ao longo dos anos ao PSD. Acrescentou que o Presidente da Comissão Política do PSD/Paredes, Adriano Campos, também concordara e subscrevia a escolha”, explica em comunicado.

Aceitou e definiu que a “condição fundamental era que o apoio político tinha que ser sólido e solidário, sem deixar margem para qualquer dúvida”. “A insistência do convite e a veemência no propósito de me apoiar foi inequívoco”, afirma. Com apoios reiterados por parte de personalidades do partido como Manuel Fernando Rocha, Granja da Fonseca (que aceitou ser candidato ao plenário), Luciano Gomes, Filipe Carneiro, Hélder Costa, José Manuel Outeiro, e da maioria dos presidentes de junta eleitos pelo PSD e de muitos militantes, a ex-vereadora diz ter acreditado numa candidatura de “seriedade e força”.

“Mas… a determinada altura apercebo-me ‘Que outro valor mais alto se alevanta’, ou seja, sinto uma nítida e efectiva quebra de apoios e solidariedade política, nomeadamente por parte de proponentes da minha candidatura”, refere Raquel Moreira da Silva. Depois de duas semanas de trabalho e sem esse apoio “inequívoco”, por não suportar “situações dúbias e comportamentos enigmáticos”, decidiu retirar a candidatura à liderança da comissão política.

A militante diz acreditar que o tempo há-de mostrar que “subjacente a toda esta trama em que me vi envolvida estão pessoas sem qualquer tipo de escrúpulos na clara intenção de se servir do partido.

Na corrida à liderança do PSD continuam os candidatos Joaquim Neves e Inácio Costa.