A Câmara de Paredes mandou executar coercivamente dívidas a centenas de famílias e empresas relativas a taxas de resíduos sólidos urbanos, refeições nos agrupamentos de escolas, mensalidades e prolongamentos em creches e infantários, em ano marcado por uma pandemia e difícil para os munícipes, acusou o PSD Paredes.

“É um escândalo. Sinto-me mal. Ao contrário de outros concelhos, que ajudam as pessoas e famílias, Alexandre Almeida quer continuar a retirar dinheiro às famílias de Paredes mesmo numa pandemia, independentemente das condições em que possam viver”, sustentou Ricardo Sousa, presidente da comissão política concelhia e candidato à Câmara.

“Está a executar muitas centenas de famílias e empresas do concelho devido a taxas de resíduos sólidos urbanos, refeições nos agrupamentos de escolas, mensalidades e prolongamentos em creches e infantários quando as pessoas mais precisam de ajuda. A tentar assacar sem saber se eles podem efectivamente pagar ou não. É vergonhoso”, acrescentou.

Em causa estarão incumprimentos relativos a 2020 que estão em cobrança coerciva através das Finanças. “Temos queixas de famílias e de empresas que estão a receber das Finanças os avisos de pagamento das execuções colocadas pela Câmara de Paredes”, atestou Ricardo Sousa aos jornalistas, em conferência de imprensa. “Querem executar a dívida de uma família por pouco mais de 1,30 euros de uma refeição”, deu como exemplo.  

O social-democrata defendeu que “deviam ter sido accionados mecanismos para proteger as pessoas” e que não é isto que se espera de um município.