Xeka (Miguel Rocha), natural de Rebordosa, Paredes, sagrou-se campeão de França pelo Lille. O atleta foi, hoje, recebido na Câmara Municipal de Paredes. Disse-se feliz com o feito conseguido e falou do sonho de representar a Selecção Nacional.

“Ser campeão em França com, se calhar, um clube em que ninguém acreditava é um feito incrível. E poder aproveitar tudo isto e ser recebido aqui é um orgulho imenso para mim, que sou de Paredes. Estou muito feliz”, referiu o jogador aos jornalistas.

O segredo foi a “união de grupo”, acredita. “O contexto em que estávamos a jogar, com o covid e os testes, tudo era uma complicação. Acho que a união que todos tivemos foi um factor que definiu a temporada”, afirmou o paredense.

“Acreditávamos, desde cedo, que podíamos ser campeões se mantivéssemos o caminho. Um campeonato não é um sprint, é uma maratona, e sabíamos as qualidades que tínhamos. Foi seguir o plano de jogo e acumular o máximo de pontos possível”, definiu.

Há quatro anos e meio no Lille, Xeka não tem dúvidas: “Somos merecedores deste título, merecemos muito ganhar este campeonato”.

Diz-se mais atraído por projetos do que por clubes. Ainda com um ano de contrato com o clube, e “rouco de tantos festejos”, não pensa para já no futuro. Sonhos tem um, o de representar a equipa das quinas. “Quero ir à Selecção representar o país. Não surgiu essa oportunidade ainda. Resta-me manter-me focado e dar 100% de mim”, assumiu.

Miguel Rocha é Xeka por homenagem ao avô, explicou: “Cresci na casa dos meus avós e desde pequenino que chamavam xekinha ao meu avô e ficou a família dos Xekas. Como aprendi muito com ele adoptei esse nome da família para jogar”.

O jogador vai receber a Medalha de Mérito Desportivo do município a 19 de Julho, anunciou o presidente da Câmara, Alexandre Almeida. “Foi um fim-de-semana em cheio. Tivemos uma paredense (Lúcia Alves) a ser campeã de futebol feminino pelo Benfica, no sábado, e o XeKa a ganhar o título em França, no domingo. Quem não homenagear a sua gente, não é digno da sua gente”, defendeu.