Foto: Magikland

A falta de orientações para a reabertura dos parques de diversões nesta fase de desconfinamento pode levar à falência das empresas desta natureza e à perda de postos de trabalho, alerta a Magikland, em Penafiel.

A empresa diz temer “que o Estado se tenha esquecido dos parques de diversões”. O parque está fechado desde 15 de Setembro de 2019 e já não reabriu este ano devido à pandemia. Em Abril, na Páscoa, dizem ter perdido a visita dos espanhóis e de cerca de 45 mil alunos das escolas.

Só em Julho, Agosto e Setembro de 2019, a Magikland recebeu 120000 visitantes que gerou um milhão de euros de facturação.

“Dado o carácter sazonal da actividade do parque de diversões, entre Abril e Setembro de cada ano, é com uma profunda apreensão que constatamos que na presente data ainda não existem orientações por parte da Direcção-Geral da Saúde que nos possibilitem preparar atempadamente uma eventual abertura. Estranhamos o facto de a mesma DGS já o ter feito para os parques aquáticos“, aponta Daniel Soares, administrador da Magikland.

Em causa estão 60 postos de trabalho directos e indirectos e a empresa assume que estão em risco “mais de 20 postos de trabalho”.

Foto: Magikland

“Aproximando-se rapidamente o mês de Julho há o sério risco de perdemos a oportunidade de obtermos as receitas indispensáveis para a manutenção dos postos de trabalho, ficando por garantir a sobrevivência da própria empresa”, sustenta Daniel Soares.

Segundo o administrador, a Câmara Municipal de Penafiel reuniu hoje com os responsáveis pelo parque, sendo que o presidente da Câmara, Antonino de Sousa, se mostrou “surpreendido com a alegada falta de normas e orientações”, num contra-senso quando “se fala em apostar, este ano, tudo no turismo interno”, cita nota de imprensa.

“Não se compreende que haja legislação em curso para determinados espaços de diversão e turísticos e outros sejam completamente esquecidos. A não abertura da Magikland representa sérios problemas e prejuízos para a economia local, numa altura em que tudo estamos a fazer para apoiar a economia local, que atravessa já uma crise seríssima. Esta situação tem de ser rapidamente resolvida. Não é possível dizermos ao povo português para fazer férias em Portugal e depois não ir a tempo de abrir, espaços como os parques de diversões cujo funcionamento é sazonal”, afirmou Antonino de Sousa, segundo a empresa.

A Magikland diz que tem recebido inúmeros contactos a questionar para quando a abertura do parque com sete hectares, 17 divertimentos e três piscinas, tudo ao ar livre.