Foi na Senhora do Salto, em Aguiar de Sousa, Paredes, que se carimbou a primeira visita do Passaporte das Serras do Porto. No total há 12 locais e eventos que o documento, que conta também com informações, quer estimular a visitar.

A iniciativa, da Associação de Municípios do Parque das Serras do Porto, que junta os concelhos de Gondomar, Paredes e Valongo foi apresentada hoje.

O passaporte quer ser “um instrumento de interactividade e partilha de informação com todos os visitantes das Serras do Porto que servirá para atrair mais pessoas e dar a conhecer o património natural e cultural dos mais de 6000 hectares”, afirmou Alexandre Almeida.

Segundo o presidente da Câmara de Paredes e também actual presidente do conselho executivo da Associação, normalmente a palavra passaporte é associada a restrições ou controlos, mas aqui o objectivo é o inverso. “O passaporte das Serras do Porto quer ser um convite a uma visita mais rica aos pontos de interesse das serras”, afiançou.

O autarca acredita que o projecto Serras do Porto entrou agora numa “fase decisiva”, destinada a qualificar o parque, e salientou que não nasceu pelo telhado, tendo contado primeiro com estudos e investigação.

“O grande desafio para 2020 é a qualificação com uma rede de percursos pedestres com 260 quilómetros. Uma grande rota de 60 quilómetros liga os três concelhos e depois 19 rotas de três a 30 quilómetros. Serão percursos homologados, com sinaléctica e pontos de informação  e uma aplicação interactiva”, adiantou Alexandre Almeida.

No futuro haverá passadiços, parques de estacionamento, parques de campismo, parques de merendas e miradouros já em estudo.

“Este passaporte é mais um instrumento para a qualificação deste parque para estimular os visitantes”, acredita.

Presentes na sessão estiveram também os autarcas de Gondomar e Valongo. “Daqui a algumas décadas será a maior referência que há de natureza no Porto. Esta serra é de todos e há espaço para todos”, disse Marco Martins, frisando a importância de haver segurança para que todos usufruam do espaço. Já o autarca de Valongo, José Manuel Ribeiro, sustentou que “estamos na fase mais interessante do projecto, a de activação do território” que com inteligência “convida as pessoas a vir e a apropriar-se do território e a tornarem-se aliadas na sua defesa”.

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, defendeu que não é normal ver três municípios a trabalhar para o mesmo lado e a apostar numa marca que aproveita a atractividade do Porto. Falou ainda da crescente procura turística do Norte do país, sendo que a maioria se concentra no Porto, em Gaia e Matosinhos. É por isso importante atrair os turistas para outros locais, o que se consegue com projectos como este, acredita.

O “Passaporte Parque das Serras do Porto 2020” permite registar doze visitas com passagem pela Sede do Parque das Serras do Porto, Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal, Centro Interpretativo da Senhora do Salto, Centro Interpretativo das Minas de Ouro de Castromil e Banjas, Museu da Lousa, Museu Mineiro São Pedro da Cova, Museu Municipal de Valongo e Oficina da Regueifa e do Biscoito (previsto abrir em Abril deste ano). Os visitantes podem ainda carimbar o passaporte nos “Encontros com o Parque” – 3.ª Edição, “Couce em Festa”, Acção de Voluntariado e Acção de Formação/Sensibilização.

Quando o utilizador completar todos os registos, está disponível uma oferta para levantar numa das Lojas Interactivas de Turismo de Gondomar, Paredes ou Valongo.