A Autoridade da Concorrência, a AdC, multou a Liga e os clubes, onde se incluem o Paços de Ferreira e o Penafiel, em 11,3 milhões de euros. A decisão foi conhecida sexta-feira, mas o organismo liderado por Pedro Proença anunciou hoje que vai avançar com recurso.

Segundo a AdC, em causa está um processo que remonta há dois anos atrás. Na altura, esta estrutura anunciou uma acção conta a Liga e 31 clubes que a compõem, devido à assinatura de um acordo de não-contratação de trabalhadores ao longo do ano do ano de 2020.

Na altura, os emblemas que estavam na Liga e Liga 2 comprometeram-se a não contratar atletas que rescindissem unilateralmente por motivos relacionados com a Covid-19. Situação que a AdC viu como “um acordo restritivo da concorrência no mercado laboral”, justifica asta entidade, na sua página.

Perante isto, ao Paços de Ferreira foi atribuída uma coima de 137 mil euros e ao Penafiel 15 mil,

Entretanto, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) e vários clubes visados neste processo, repudiaram a decisão “injusta e desproporcionada” da AdC, mostrando-se prontos para agir e “repor a justiça”.

Em comunicado, a Liga refere que reuniram, no Porto, “a generalidade das sociedades desportivas visadas” no processo de concertação laboral desportivo, do qual ainda não foram notificadas todas as partes, esclarece a LPFP.

“Da referida reunião saiu a conclusão preliminar de que a decisão revela um desconhecimento grave das particularidades da indústria do futebol, da natureza idiossincrática do Futebol Profissional e mesmo da relação laboral desportiva pelo que é manifestamente injusta, desproporcionada e desafiadora do bom senso”, ler-se na nota.

Por essas razões, a Liga afirma que “não deixará de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para repor a justiça que se impõe”.