O presidente da Câmara Municipal de Paços de Ferreira reclama ao Governo “urgência” na construção da ferrovia do Vale do Sousa, um apelo motivado pela escalada de preços das últimas semanas, nomeadamente, do “brutal aumento do preço dos combustíveis”.

Em comunicado, Humberto Brito sublinha que esta subida, verificada ainda hoje nos preços da gasolina e gasóleo, a par com o custo dos transportes rodoviários de combustão e da rodovia, aliados a uma “imprevisibilidade dos mercados mundiais, com sucessivos aumentos nas matérias-primas e de produção”, faz com que a nova linha, que servirá “300 mil habitantes”, seja considerada “necessidade urgente”.

Para o autarca, não restam dúvidas de que esta infra-estrutura é um “imperativo nacional”, ao mesmo tempo que representa “coesão social e territorial”.

Além disso, reforçou, não existem, actualmente, alternativas ao transporte rodoviário, e “as empresas desta sub-região estão a ser gravemente afectadas”, porque dependem “das sucessivas oscilações dos mercados enérgicos tradicionais, combustíveis fósseis e eletricidade”. Tudo somando representa um agravar das dificuldades.

A linha ferroviária do Vale do Sousa está inserida no plano estratégico como “projecto de investimento de interesse nacional”, razão pela qual “importa acelerar a captação dos fundos disponíveis no Quadro Comunitário e avançar-se com maior celeridade a sua construção”, considera também Humberto Brito.

Caso o Governo não considere esta exigência, a sub-região do Sousa vai continuar a viver “com o estigma de ser uma das mais desfavorecidas sub-regiões da Europa e do País”, vaticinou o autarca que apela, directamente, a Pedro Nuno Santos, ministro das Infra-estruturas e Habitação para considere premente este projecto, cujos estudos “já estão em fase adiantada”.