O concelho de Paços de Ferreira foi o segundo com “crescimento mais acentuado das exportações de bens no 2.º trimestre de 2022”, muito acima da média da região Norte, indica o relatório Norte Conjuntura da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

A avaliação, feita em termos homólogos, ou seja comparando com o mesmo trimestre de 2021, aponta que o município com maior crescimento foi a Trofa (+32,2%), seguindo-se Paços de Ferreira (+30,9%), Felgueiras (+26,8%), Santo Tirso (+25,1%), Vila Nova de Famalicão (+23,9%), Viana do Castelo (23,6%), Vila Nova de Gaia (+22,8%), Guimarães (+20,5%), Maia (+19,7%) e Vila do Conde (+19,5%). No global, trata-se de concelhos com “economias menos diversificadas do ponto de vista industrial, o que permitiu beneficiar de uma forte procura externa dirigida aos seus principais clusters”, refere o documento.

“O quadro de incerteza relativamente às evoluções da crise energética e da inflacção nos principais concorrentes nacionais, ainda não afectou a evolução das exportações municipais, observando-se, inclusive, uma aceleração do ritmo de crescimento no 2.º trimestre de 2022”, conclui o relatório.

Os concelhos com maiores crescimentos estão “na faixa litoral da Região” e “apresentam, vantagens comparativas nos principais produtos exportadores do Norte”. Nos concelhos do Tâmega e Sousa, os principais produtos exportados são o calçado, polainas e artefactos semelhantes e os móveis, enquanto as exportações a partir da Área Metropolitana do Porto, por exemplo, são mais diversificadas.

O Norte Conjuntura aponta que as exportações de bens do Norte aumentaram, em termos homólogos, 19,0% no 2.º trimestre de 2022, “num contexto assinalado pelo aprofundamento da crise energética à escala mundial”. “O bom desempenho da Região neste indicador também foi observado em Portugal, que viu as exportações crescerem 31,2% durante o mesmo período”, lê-se.

Na globalidade, as exportações de bens aumentaram nas diferentes sub-regiões do Norte. “Os aumentos mais acentuados das exportações, com valores superiores ao da média do Norte, foram observados nas sub-regiões do Alto Tâmega (+28,5%), Douro (+26,0%), Tâmega e Sousa (+24,1%), Ave (23,0%), Alto Minho (+20,6%) e Área Metropolitana do Porto (+19,6%)”, revela o documento da CCDR-N.

Imagem: Relatório Norte Conjuntura