Após meses de incompreensível silêncio face ao galopar do fenómeno epidemiológico Covid-19, o Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, saiu finalmente do seu estado de hibernação.

Apareceu não para propor medidas de apoio ao comércio local, às famílias penafidelenses, à atividade cultural que definha, às associações, ou tão pouco, de tentativa de mitigação deste flagelo.

Apareceu, como já vem sendo habitual, para erguer o dedo acusador na direção do Governo, especificamente da Ministra da Saúde, que tem trabalhado incansavelmente e desde a primeira hora, no combate a esta praga.

Numa altura em que é exigida união, responsabilidade e cooperação entre todos os responsáveis políticos, a prioridade do Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, aquando da visita da Ministra da Saúde ao nosso território, foi uma triste tentativa de colher dividendos políticos do momento extraordinariamente difícil que todos vivemos.

Tão exigente com o Governo e tão pouco exigente consigo próprio, abdicando completamente de assumir um papel de liderança local e territorial no combate a este monstro, revelando uma lamentável incapacidade de reação, que nos penaliza a todos.

Olhamos na direção de municípios vizinhos e o que assistimos é a uma preocupação constante daqueles autarcas em estar ao lado das suas populações nestes momentos difíceis, conhecendo os seus anseios e dificuldades e concretizando respostas que visam mitigar, no terreno, os efeitos devastadores deste vírus.

O que os penafidelenses lhe pedem, Presidente, é que direcione a exigência que colocou sobre a Ministra da Saúde, a si próprio e que exerça em pleno as inúmeras competências de que dispõe, para socorrer os seus munícipes, que nunca como agora precisaram da liderança, atuação e decisão da autarquia.

Penafiel merece mais.