Já se passaram 25 anos desde que o Núcleo de Arbitragem do Vale do Sousa nasceu. Para trás ficam recordações de todos os desafios que a associação atravessou para chegar até aqui. Agora e para o futuro, o objectivo é continuar a formar e fazer crescer o número de sócios.

A família juntou-se, recentemente, num jantar comemorativo com 160 pessoas.

“O nosso objectivo é conseguir chegar aos 300 sócios”, salientou Carlos Silva

O Núcleo de Arbitragem do Vale do Sousa aglomera já cerca de 220 sócios. Tem como meta formar mais e melhor com actividades de preparação física e sessões técnicas. Na região Norte existem apenas mais dois, o Núcleo Francisco Guerra, no Porto, e o Costa Verde, na Póvoa. Para o presidente, Carlos Dias, “o objectivo é conseguir alcançar os 300 sócios”.

As principais actividades são desenvolvidas pelos próprios árbitros do núcleo, que se dividem entre as actividades de preparação física à segunda e quarta-feira, no Estádio Municipal de Lousada, e as sessões técnicas em que é garantida toda a matéria teórica, com o visionamento de vídeos e a discussão acerca do que deve ser feito dentro de campo. Para além destas, está a decorrer um curso de futsal, na sede do clube, em Paredes.

Para Carlos Dias, até ao momento, os principais desafios para o Núcleo têm sido os de conseguir dinamizar todo o conteúdo, assim como os temas dados, e a relação entre os árbitros, de forma a criar “harmonia” dentro da associação.

Núcleo pensa disponibilizar um curso de Inglês para todos os sócios

A necessidade de criar o núcleo, há 25 anos, surgiu por haver na região um número elevado de árbitros de futebol que tinham que se deslocar para o Porto, a sede mais próxima. E também porque queriam fazer crescer este vício cada vez mais.

Na gala de celebração dos 25 anos, que decorreu, recentemente, num hotel em Paredes, estiveram presentes 160 pessoas, todas elas ligadas à arbitragem. Da mesa de honra fizeram parte Alberto Azevedo, Lourenço Pinto, Carlos Carvalho, Jorge Nunes, como representante do Conselho de Arbitragem, António Augusto Silva, vereador do Desporto da Câmara de Lousada, Joaquim Jesus, da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, e José Ramalho, representante da comissão de apoio técnico.

Foram homenageados o árbitro João Lamares, por ter terminado a sua carreira este ano, a Câmara Municipal de Lousada, pela concessão do espaço desportivo, e a Câmara Municipal de Paredes, por ceder as instalações durante os 25 anos.

Para além das homenagens, ficou decidido na gala que será importante e obrigatório, para que os árbitros consigam progredir na carreira, que o núcleo disponibilize um curso de inglês, em princípio, gratuito.

O Núcleo disponibiliza, ainda, de forma gratuita, uma psicóloga e uma advogada que actuam de forma a aconselhar sobre a melhor forma de encarar situações complexas.

Presidente do Núcleo seguiu as pisadas do pai

Carlos Dias, presidente do núcleo, tem 37 anos, nasceu em Lisboa, mudou-se para Paços de Ferreira com a família, mas mora actualmente em Lousada. É não só árbitro, como também guarda prisional. Entre as duas profissões, diz que a arbitragem é realmente o seu grande amor.

Seguiu arbitragem porque o pai era árbitro e sempre gostou de futebol. O amor que lhe corre nas veias fez com que se tornasse árbitro internacional de futebol de 7. Foi nomeado recentemente para apitar o Campeonato do Mundo na Argentina e já arbitrou o Campeonato do Mundo de Inglaterra e a final da Taça Intercontinental entre Escócia e Irão.