Numa altura em que o pequeno comércio atravessa dificuldades devido à pandemia, a Câmara de Paredes e a ASEP- Associação de Empresas de Paredes juntaram-se para lançar uma montra digital das lojas e serviços em comercioderuaemparedes.pt. A meta é simples: criar um “sentimento de pertença” e “empatia” com o comércio tradicional, mostrando os seus produtos e histórias. O objectivo é, no futuro, evoluir para uma loja online.

Para já, os promotores querem, até ao final do ano, colocar a plataforma a funcionar com cerca de duas centenas de lojas de todo o concelho. A adesão dos comerciantes é gratuita e a ASEP e a autarquia esperam que seja generalizada.

“Esta iniciativa quer aproximar os lojistas dos compradores. Queremos levar as lojas a casa de cada um”, assumiu Luís Barbosa, da ASEP.

“Algum comércio de rua ainda está info-excluído e não domina estas questões digitais”

O município e a ASEP querem ajudar as empresas a ultrapassar a pandemia. Para isso, a par de outras campanhas de promoção da compra no comércio local e de sorteios que dão prémios a quem o faz, vão agora lançar esta montra digital do que existe no concelho.

“Numa primeira fase a meta é mostrar que em Paredes há uma grande oferta de comércio e serviços. Queremos criar um sentimento de pertença, empatia e afinidade entre a população e as lojas de comércio”, afirmou o presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, em conferência de imprensa.

“Algum comércio de rua ainda está info-excluído e não domina estas questões digitais”, admitiu o autarca, que adiantou ainda que o projecto implicará também acções de formação para ensinar os comerciantes do concelho a lidar com as novas tecnologias e redes sociais.

“Queremos pôr o site em funcionamento com pelo menos 10 empresas de cada freguesia até ao final do ano. E no futuro queremos evoluir para uma loja online”, explicou Alexandre Almeida aos jornalistas.

A plataforma, cujo investimento rondou, para já, os 5.000 euros e cujos custos acrescidos vão depender da adesão, será gratuita para os comerciantes. Lá, cada comércio contará com a sua página, com a divulgação de informação sobre a localização da loja, contactos e produtos que vende, com algumas fotos a ilustrar, e pequenas histórias e curiosidades sobre os negócios.

A empresa que construiu o site garante que será intuitivo, está adaptada à consulta em telemóvel e tem um design atractivo e moderno. A informação pode ser pesquisada por secções como “comer e beber”, “moda e acessórios”, “saúde e beleza”, “cultura” ou “por freguesia” ou ainda em pesquisa livre por produtos ou tipologia de negócios.

Luís Barbosa, da ASEP, diz que já começaram a contactar os comerciantes e que o objectivo é que adiram todos os existentes no concelho.

Tanto a câmara como a ASEP admitem que, como menos pessoas na rua, o comércio local está a atravessar dificuldades. “As pessoas ficam apreensivas com a doença e também há quem tenha ficado desempregado ou tenha tido perda de rendimentos” , o que leva a comprar menos, afirmou Alexandre Almeida, acreditando que este projecto, a par de outros apoios já anunciados pela autarquia, vai ajudar a promover as lojas.

“As pessoas têm mais dificuldades, é inegável. Os comerciantes também têm custos acrescidos que não estavam previstos. Queremos promover o comércio local e que isto crie hábitos de consumo no próprio concelho”, resumiu Luís Barbosa.