Seis dos 18 militantes expulsos pelo PS de Penafiel ameaçam colocar a concelhia em tribunal por ter tornado público os nomes das pessoas afastadas, o que se traduz numa “violação do Regulamento Geral da Protecção de Dados”.

No documento, enviado aos jornalistas, dizem mesmo que os dirigentes do PS de Penafiel “deviam ter a humildade de pedir desculpa por terem conduzido o partido ao pior resultado de sempre nas autárquicas”, acusando-os de serem “os principais responsáveis” por aquilo que apelidam de “desastre eleitoral”, com estratégia que “ninguém percebeu”, que em vez de “unir, juntar as pessoas, viver com as diferenças, separaram-nas, excluíram-nas”.

Por isso, consideram que, a nível local, o partido está sem “credibilidade, imagem, estratégia e completamente à deriva”.

Já sobre o motivo que a concelhia aponta para o afastamento, esclarecem que “alguns dos alegadamente expulsos não integram listas”, sendo que “outros já tinham pedido demissão”, ou seja, “não podem ser expulsos “se previamente pediram a sua desvinculação”.

Por outro lado, e se houve apoio a candidaturas independentes foi porque foi anunciado, pela própria direcção local do partido, que o partido “não iria apresentar listas nessas freguesias, e que apoiaria movimentos independentes”, como foi o caso de Capela.

Apesar de se afirmarem em desacordo com o rumo que o PS tem levado em Penafiel, o grupo, que apelida esta atitude dos dirigentes locais de “perseguição”, reitera que se continua a rever “nos verdadeiros ideais socialistas”.

A terminar, anunciam que vão dar conhecimento de toda esta situação aos dirigentes socialistas nacionais, como António Costa, secretário-geral do partido, a Carlos César, presidente do PS, assim como a Manuel Pizarro, líder da Federação Distrital. Além disso, vão pedir à CNPD que avalie “a eventual ilicitude” do comunicado enviado pela Comissão Política.