Foto: DR | Bombeiros de Penafiel

As Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários “estão à beira do colapso” financeiro, “pelos encargos que têm assumido com a aquisição de equipamentos de protecção individual para protecção do pessoal no transporte de doentes de Covid-19, alerta a Liga de Bombeiros Portugueses.

Em comunicado, Jaime Marta Soares, presidente da Liga, sustenta que “os elevados custos que têm sido suportados pelas Associações desde o início da pandemia, na ordem de muitos milhares de euros em cada Associação, e a consequente perda de facturação em transporte de doentes não urgentes, tem potencialmente criado as condições de perda financeira clara e objectiva”.

“A par da falta de compensação financeira por parte do Ministério da Saúde, que não tem ajustado o necessário acréscimo de custos dos EPI, bem como na evacuação de lares de 3.ª idade, e que ninguém quer assumir o pagamento, resultam num descalabro financeiro que dificilmente as Associações Humanitárias de Bombeiros conseguirão manter, e por isso colocam em perigo a manutenção dos Corpos de Bombeiros”, acredita Jaime Marta Soares, sustentando ainda que o Fundo de Emergência votado em Assembleia da República não será suficiente e que o financiamento proposto no próximo Orçamento de Estado é “fraco” e faz adivinhar “um ano difícil”. O Governo está “a cavar a sepultura” dos bombeiros e a deixá-los “à sua sorte”, avisa.