Um incêndio que deflagrou, esta noite, no edifício Varandas do Sousa, em Paredes, obrigou à evacuação do prédio. As 28 famílias que ali residem, muitas com crianças, tiveram que abandonar as suas casas e aguardar na rua enquanto os Bombeiros Voluntários de Paredes resolviam a situação. O fogo começou na cave e terá afectado apenas alguns armários e uma viatura, tendo ainda deixado danos no sistema de saneamento.

O alerta para fumo a sair da garagem foi dado pelas 23h59, informou o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Paredes, José Maria Garcez. Ao local acorreram 39 bombeiros apoiados por nove viaturas.

Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“Quando chegamos ao local num dos pisos de garagem , o -1, deflagrava um fogo com bastante intensidade e com muito fumo”, descreve.  O prédio foi evacuado, por precaução, e os bombeiros “procederem à extinção do incêndio e à defumagem de todo o prédio”.

Segundo José Maria Garcez, o incêndio começou nuns armários e propagou-se a uma viatura, um Audi A4 que ardeu parcialmente. Não houve vítimas a registar, mas duas pessoas foram assistidas no local por problemas de ansiedade.

O incêndio foi dado como extinto por volta da 1h40, altura em que os moradores foram informados que entretanto poderiam voltar a casa, mas com um senão. “Os tubos de drenagem de saneamento com a temperatura derreteram. Podem regressar, mas vão ter que minimizar as descargas de água” até a situação ser resolvida, explicou o segundo comandante da corporação paredense.

“Estávamos em casa e a televisão deixou de dar sinal e sentimos o cheiro a borracha queimada”

Foi Paulo Sousa, funcionário de um restaurante no rés-do-chão do prédio, que deu o alerta para os Bombeiros. “Do restaurante temos acesso a uns armazéns na garagem e estava um cheiro muito intenso a queimado e muito fumo, chamamos logo os bombeiros”, refere.

A GNR ajudou a evacuar o prédio. Ao início da manhã, enquanto os bombeiros ainda combatiam o incêndio, os moradores aqueciam-se como podiam embrulhados em mantas no exterior, muitos de pijama e pantufas. “Moro no 5.º andar. O meu marido veio à varanda quando se apercebeu do aparato. Tenho dois netos comigo e tivemos que os tirar dali. Eu fui operada ao joelho e tive que descer de canadiana”, conta Maria Amélia, de 66 anos. Ainda assim, garante, não houve sustos e tudo decorreu de forma tranquila.

“Estávamos em casa e a televisão deixou de dar sinal e sentimos o cheiro a borracha queimada”, explica Maria Manuela, de 52 anos. “Avisaram-nos que havia um incêndio e só avisei o meu marido que se vestisse rápido e vim com ele e com os meus filhos, de 24 e 14 anos, cá para fora”, descreve a moradora. Os bombeiros, garante, chegaram rapidamente e a saída de todos foi ordeira. “Aqui vivem 28 famílias, muitas delas com crianças, e ao fim-de-semana muitos ainda têm cá os netos”, sustenta.