Mais 40 unidades de alojamento, restaurantes e produtores/comerciantes de produtos locais receberam, hoje, no Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, Selos da Qualidade da Rota do Românico. No total, são já 124 as entidades que detêm este símbolo, destinado à promoção de um patamar de qualidade uniforme dos produtos e serviços prestados aos turistas e visitantes da região.

Quem o recebeu acredita que é uma mais-valia em termos de divulgação. “Acredito muito na região onde a minha Casa está inserida apesar de ser preciso fazer mais pelo turismo em Paredes”, salienta Miguel Soares, do alojamento Casa da Baracha. “Toda a divulgação feita é sempre benéfica. Já recomendo aos meus clientes, sobretudo estrangeiros, a Rota do Românico. Este selo traz mais responsabilidade”, refere.

A mesma opinião tem José Faria, do restaurante Tapper em Paços de Ferreira. “Já sugiro aos meus clientes a visita ao Mosteiro de Ferreira. Recebo muitos clientes estrangeiros e falo frequentemente em três línguas e é importante fazer esta divulgação do nosso património”, sustenta. Ana Mendonça, do Restaurante Brazão, em Lousada, também acredita que ter mais este selo de qualidade “é uma mais-valia para o restaurante e para o concelho”. “Ter este selo também pode ser mais um ponto de atracção para turistas”, explica.

“Conheço o projecto da Rota do Românico desde que nasceu e sei que é um projecto de qualidade. Esta parceria dá credibilidade”, afirma Carlos Wehdorn do alojamento local Eira das Carvalhas, em Penafiel. O empresário, que salienta que já se poderia ter candidatado em edições anteriores, sustenta que costuma dar aos clientes guias oferecidos pela Rota: “eles gostam bastante e ficam surpreendidos com a qualidade da Rota e as sugestões dadas”.

Este “Selo de Qualidade” insere-se no âmbito do Sistema de Valorização de Produtos e Serviços Turísticos da Rota do Românico. “Com esta certificação pretende-se prosseguir a qualificação e valorização do património e dinamizar a actividade turística desenvolvida pela Rota do Românico, envolvendo diferentes parceiros”, disse o presidente da Associação de Municípios do Vale do Sousa, entidade que tutela a Rota do Românico, no seu discurso. O grande objectivo é defender o património cultural, consolidar o produto turístico e aumentar o nível de satisfação e confiança dos visitantes, melhorando a imagem da Rota do Românico e acrescentando-lhe valor como produto, acrescentou Humberto Brito.

O autarca defendeu ainda que as pessoas são o principal activo deste projecto. “Se não olharmos para as pessoas e para as necessidades do tempo que vivemos corremos o risco de todo o investimento ser inócuo”, argumentou. O projecto, com 20 anos, reclama “um novo impulso” e até “novos protagonistas” capazes de captar “novos projectos e novos investimentos”, referiu, lembrando que desde que foi criada a Rota foram investidos 25 milhões de euros em recuperação de imóveis, no alargamento e na sua promoção. Humberto Brito falou ainda da necessidade de mudança e de arrojo para o futuro. “Continuem a defender este projecto. Sejam nossos embaixadores”, concluiu.

Antes, o presidente da Câmara de Lousada considerou estes selos uma iniciativa feliz que traduz o espírito subadjacente à constituição da Rota do Românico. “Foi criada para ser uma ancora e uma alavanca do desenvolvimento da região”, lembrou. Ao associarem-se a esta marca, os empresários mostram o orgulho no projecto que quer dinamizar a economia, acrescentou.

E o autarca de Paredes, Alexandre Almeida, defendeu a importância do envolvimento dos agentes económicos na Rota do Românico. O edil desejou ainda que, conciliando os projectos da Rota e do Parque das Serras do Porto, Paredes comece a ser mais conhecido pela vertente do turismo.