Alberto Santos, presidente da Assembleia Municipal e ex autarca de Penafiel, e Antonino Sousa, atual líder do executivo, anunciaram hoje, com meia hora de diferença, candidaturas à presidência da Comissão Política do PSD local. As decisões foram conhecidas depois de Pedro Cepeda ter renunciado ao mandato “para garantir a atempada preparação das autárquicas”, que se realizam dentro de dois anos.

Alberto Santos, que convocou uma conferência de imprensa, onde se fez acompanhar por Carlos Leão e Henrique Martins, presidentes das Juntas de Freguesia de Penafiel e Rio de Moinhos, e por Susana Oliveira, ex-vereadora na Câmara Municipal de Penafiel, começou por tecer críticas à “súbita demissão” da Comissão Política que surgiu “sem qualquer aviso prévio ou reflexão política interna que o previsse”, elencando que “não foi inocente”.

Por outro lado, apontou o ‘timming’ desta decisão, que aconteceu num momento de “grande vitalidade” do partido, com “centenas e centenas de (novos) militantes”, o que quer dizer que, estes sociais democratas tinham a “esperança e a firme vontade de serem uma voz ativa na escolha da estratégia a seguir para o futuro do partido”. Mas, e “fruto desta súbita demissão”, não podem votar, já que só os inscritos há mais de seis meses participam neste ato eleitoral.

Por isso, considerou não ter sido inocente, esta postura de Pedro Cepeda e seus pares, ao impedir estes novos militantes de terem “um papel ativo na escolha da estratégia futura do partido em Penafiel”.

Foto: Márcia Pimparel Vara/Verdadeiro Olhar

Neste cenário, com estas “novas e imprevistas circunstâncias”, e porque Alberto Santos diz ter sido “interpelado e desafiado, quer por militantes, quer pelos penafidelenses, para voltar a dar um novo contributo a Penafiel”, decidiu avançar com uma candidatura a líder dos sociais democratas, como forma de “corresponder” a estes apelos.

O ex autarca disse ainda ter “projetos e ideias para ajudar o PSD a colocar de novo Penafiel num extraordinário e nunca visto ciclo de projeção e desenvolvimento”, porque entende que, “chegou a hora de encerrar um ciclo político, de mais de 20 anos, e de projetar o concelho para um novo e renovado ciclo para os próximos 20 anos”, “ainda mais ousado e surpreendente”.

O social democrata fez questão de sublinhar que quer “estar na vida pública”, porque “nunca” dependeu de cargo público para ter estatuto ou para viver”.

Carlos Leão e Henrique Martins fazem parte desta lista como candidatos à vice-presidência da Comissão Política. Susana Oliveira concorre como presidente da Assembleia de Militantes.

Minutos depois de ter terminado a conferência de imprensa de Alberto Santos, Antonino de Sousa anunciou, em comunicado, que também é candidato à liderança do PSD de Penafiel.

A dois anos das eleições autárquicas, o também autarca sublinha que o PSD “tem que estar unido e mobilizado para gerir todo esse exigente processo” e que “o presidente da Câmara Municipal reúne especiais condições para assegurar, sob a sua liderança, essa união e essa mobilização”.

Convicto que, “não há exemplos de processos de sucessão”, sem que haja “envolvimento e participação dos que terminam os seus mandatos”, Antonino de Sousa acredita estarem “reúnidas as condições para que o partido se una, se mobilize e tenha sucesso nos desafios eleitorais”.

Na sua lista de Antonino de Sousa estão a vereadora Daniela Oliveira, assim como António Cunha, deputado à Assembleia da República, como candidatos a vice-presidentes da comissão política.

1 Comentário

  1. Quem foi o autor da destruição do Parque do Sameiro, na cidade de Penafiel?

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