A partir do próximo ano, a autarquia de Paredes vai demolir as dezenas de barracas do centro da cidade e realojar as 22 famílias que ali vivem em casas novas, que já estão a ser construídas e que estarão prontas no verão do próximo ano.
Acabar com aquela situação, mesmo no coração da cidade, era um anseio da autarquia, tanto mais que estão em causa a “salubridade” e as “condições de habitabilidade”, uma situação que se arrastava há mais de duas décadas, disse ao Verdadeiro Olhar, o autarca de Paredes.
“Já foram demolidas duas barracas, para poderem ser construídas as novas habitações” e quando este complexo habitacional estiver pronto, “a comunidade cigana vai ser realojada”, explicou Alexandre Almeida, acrescentando que, naquela zona vai ainda ser construído mais um edifício com “30 fogos, mas com rendas acessíveis, de forma a atrair jovens que não possam pagar rendas elevadas” e que estão a ser praticadas, atualmente, no mercado imobiliário.
Esta segunda fase do projeto está orçado em 4,9 milhões de euros e também será apoiado pelo Estado.
As casa novas, onde vão residir cerca de 100 pessoas da comunidade cigana, implicaram um investimento de “3,5 milhões de euros”, apoiado pelo Estado, no âmbito do “1.º Direito”, o Programa de Apoio ao Acesso à Habitação. Quando as casas estiverem prontas, entram as máquinas para derrubar as barracas.
Para o governante, a Câmara de Paredes está a fazer tudo para dar resposta às necessidades da população, ao nível da habitação, sendo certo que “tudo o que fizermos ficará sempre áquem das necessidades”, que são muitas, no atual contexto nacional.
Para além da construção e subjacente realojamento, a autarquia está a fazer um trabalho, há mais de dois anos, que passa por conhecer de perto estas famílias que vão viver em melhores condições, mas, para isso, têm que colaborar e ter regras.
Mas Alexandre Almeida acredita que tudo está a ser feito para que todo este processo corra pelo melhor.
Recentemente, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, esteve em Paredes, onde conheceu os investimentos que estão a ser feitos no município e destacou que estes projetos são, “verdadeiramente, a garantia da inclusão, a garantia da integração, a garantia de um projeto comunitário, onde a habitação tem um papel fundamental”.
