Apesar de ter sido alvo de obras a rondar os dois milhões de euros, na sua maioria comparticipadas por fundos comunitários, a Escola Básica e Secundária de Rebordosa, em Paredes, “continua a pecar por falta de condições condignas para a comunidade escolar, nomeadamente para estudantes com deficiência, mormente aqueles que sofrem de mobilidade reduzida”, denuncia o PSD, que visitou ontem o estabelecimento de ensino.

Em causa está a falta de “planeamento sério para a execução da obra”, afirmou o deputado António Cunha, que liderou a delegação social-democrata de deputados eleitos pelo círculo do Porto e elementos das comissões políticas concelhia e distrital do PSD.

“As acessibilidades para alunos com deficiência motora são ‘inexistentes’, o acesso ao pavilhão não permite a entrada de uma ambulância em caso de urgência, as portas – em caso de incêndio ou outro factor que exija uma saída rápida – abrem de fora para dentro, o que contraria completamente a lei no que concerne à segurança de pessoas. Nos laboratórios para aulas de Física e Química não existem exaustores nem bancadas, tal como acontece com as salas destinadas às disciplinas de Educação Visual, onde faltam lavatórios para os alunos lavarem as mãos no final das aulas. Outro, entre muitos problemas que afectam os alunos, é a falta de uma caldeira no pavilhão para aquecimento de água para os alunos tomarem banho em condições normais”, lê-se em comunicado enviado à comunicação social.

Os deputados prometem levar esta “ineficácia das obras” à Assembleia da República e “e pedir responsabilidades ao Governo sobre esta matéria, bem como à Câmara Municipal de Paredes como entidade responsável nesta parceria e fiscalizadora da obra que ainda decorre, e decorrerá, apesar dos prazos estabelecidos”, disse António Cunha, referindo que vai apelar ao ministro da Educação e ao autarca de Paredes que saiam do gabinete e visitem esta obra “sem condições”.

Contactada, a Câmara de Paredes não quis comentar estas declarações.