Em 2015 o Partido Socialista definiu o combate ao desemprego como uma das suas grandes prioridades.

Volvidos sensivelmente 4 anos os números nesta área dificilmente poderiam ser melhores: uma taxa de desemprego de aproximadamente 6% e 350 000 novos postos de trabalho criados.

Também na nossa região, de acordo com os dados do IEFP, o desemprego desceu em aproximadamente 50% desde 2016.

É, por isso, essencial que este novo ano signifique também a chegada de uma nova visão nesta matéria. É necessário que os decisores políticos locais, à imagem do que acontece no Governo da República, sejam mais ambiciosos e exigentes na definição das suas estratégias de criação de emprego.

Penafiel tem de deixar, de uma vez por todas, de figurar em todos os dados estatísticos, como um concelho onde predomina o emprego mal pago: urge criar condições efetivas para atrair empresas que assegurem emprego qualificado.

Efetivamente, um trabalhador da nossa região, ganha menos 300 euros/mês do que um trabalhador da área metropolitana do Porto; menos 100 euros/mês que um trabalhador de Trás-os-Montes e menos 100 euros mensais que um trabalhador da região do Douro.

Não é admissível, que em mais de 18 anos de presidência da Coligação de Direita que governa o nosso concelho, não tenha sido feito absolutamente nada para inverter este paradigma, que entristece profundamente todos os penafidelenses.

Não é seguramente compreensível, que em todo este tempo, não se tenha, a título meramente exemplificativo, olhado para o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa – o maior empregador da região – com outro interesse, arte e engenho e definidas parcerias que ali pudessem ser criadas no sentido de gerar postos de trabalhado altamente qualificados.

Há toda uma geração de penafidelenses extremamente preparados e qualificados à espera de um executivo que lhes crie as condições para realizarem todo o seu potencial na terra que os viu nascer, dando assim o seu contributo para que o nosso concelho possa ser mais próspero, deixando de figurar como uma zona cinzenta, ou como um exemplo de região onde os salários são dos mais baixos do país.