Pela primeira vez é assinalado, durante 2018, o Ano Europeu do Património Cultural, uma iniciativa da União Europeia.

Pretende-se, naturalmente, relevar o papel que a cultura e o património assumem, ou devem assumir, no desenvolvimento social e económico de um território, de uma região e de um país.

Têm sido várias as iniciativas que se têm desenvolvido em torno deste tema e que têm, de resto, permitido a realização de encontros onde se discute precisamente o lugar que a cultura e o património ocupam, nos dias de hoje, no nosso país.

Temos excelentes exemplos, não há dúvida. Em Penafiel muito trabalho tem sido feito ao longo dos anos na área da cultura e do património, trabalho esse sempre muito bem alicerçado em investigação que nos permite ter bons conteúdos informativos sobre aquilo que somos, o que temos e o que queremos mostrar a quem cá vive e a quem nos visita.

Esta missão, que cabe também aos municípios, de preservar, estudar e divulgar o nosso património cria, assim, uma ligação perfeita entre a cultura, o património e o turismo.

Penafiel será sempre um destino para turistas que procuram autenticidade e um destino não massificado. Para turistas que gostam de entrar e viver a nossa cultura, os nossos costumes e tradições, o nosso modo de vida, as nossas raízes e a nossa história.

Há, por isso, que valorizar o percurso feito até aqui e sentir um redobrado entusiasmo e motivação para continuar a investir naquilo que realmente nos pode diferenciar de outros territórios: a nossa cultura e o património, elementos esses que o turista leva consigo, na sua memória, e em fotografia e video, para recordar a sua experiência e a sua passagem por um território.

O turista vai recordar a visita a um monumento da Rota do Românico, ao nosso Museu ou à aldeia de Quintandona e as histórias fantásticas que lhes vamos contar por estes lados; vai lembrar com saudade a nossa gastronomia e as gentes simpáticas que encontrou; vai recordar o cenário incrível que as Endoenças nos apresentam ou a nossa majestosa procissão do Corpo de Deus; vai recordar a azáfama da feira de S. Martinho e as nossas samarras tão quentinhas; vai querer levar bolinhos de amor ou tortas de s. Martinho para a família e amigos e vai querer voltar novamente porque não conseguiu ver tudo de uma só vez! É isto que um turista leva de nós e do nosso território: a experiência cultural!

Temos todos, entidades públicas e privadas, de ter a perspicácia de olhar, permanentemente, para dentro de nossa casa e sabermos estar à altura de proporcionar essas experiências autênticas, baseadas na nossa  história, que não foi inventada, mas que existiu, foi e é ainda devidamente estudada.

Um concelho vivo, dinâmico, onde tudo acontece, tem de ser exemplo e referência em matéria de salvaguarda e promoção da nossa cultura e património, mas também deve primar por ser um território amigo do ambiente, inclusivo e sustentável. Está aqui o desafio que Portugal enfrenta nos dias de hoje e a que Penafiel não fica indiferente, certos de que estamos empenhados em dar o melhor contributo e exemplo também nestas matérias.