“Suspender, de imediato, o processo de construção do novo edifício dos Paços do Concelho”, por entender que não é “o momento adequado para despender 11 milhões de euros numa obra faraónica, que só servirá alguns”, e reduzir o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para o “valor mínimo”, são algumas das propostas de Maria do Carmo Lopes, candidata à presidência da Câmara Municipal de Valongo, pelo partido Chega.

Em entrevista ao Verdadeiro Olhar, considerou que o município, de onde é natural, tem muitas carências. Uma delas passa pelo fornecimento de água e saneamento e, por isso, inclui também nas suas propostas de candidatura, “a revisão e renegociação” destes contratos. Uma medida que se sustenta na necessidade de “reduzir custos para as famílias e para as empresas”.

“Valongo tornou-se suja e descuidada, consequência de uma deficiente e mal estruturada recolha de lixo”

O ambiente é então uma das áreas que não passa ao lado do carimbo da crítica de Maria do Carmo Lopes. Nos últimos anos, Valongo tornou-se uma cidade “suja e descuidada”, devido a uma “deficiente e mal estruturada recolha de lixo” municipal, lamentou ao Verdadeiro Olhar.

Os “efeitos nefastos” do aterro de Campo/Sobrado”, também são alvo da atenção da militante do Chega, que defende urgência em “repensar e alterar os termos em que são realizadas as inspeções de fiscalização às actividades daquela estrutura”, reivindicando, ainda, para a autarquia de Valongo essa competência e responsabilidade”.

A temática da segurança também faz parte do caderno de encargos Maria do Carmo Lopes, que lamentou o facto de este ser um problema “transversal a todas as freguesias do município”.

A “insegurança”, que, nos últimos tempos, sofreu um “aumento” significativo, lamentou ao Verdadeiro Olhar.

Apesar de desconhecer, na “plenitude, os termos em que foi aprovada a Polícia Municipal” local, é certo para a cabeça-de-lista do Chega, que esta estrutura tem que trabalhar pela “segurança e tranquilidade dos cidadãos” locais, e não estar “voltada para a caça à multa”.

“Este concelho tem graves problemas que são de resolução prioritária”

Nascida em Valongo, Maria do Carmo Lopes reconhece que o seu município tem “problemas graves”, que são de resolução “prioritária”.

Um deles, reside em Alfena, onde o “transito na EN 105 é caótico”, uma situação motivada pela constante “circulação de veículos pesados de mercadorias”. Para a candidata, este caos deriva no facto de, ao longo dos anos, “a Câmara Municipal ter ignorado este problema”. Um constrangimento que acontece também no “centro da cidade”, assim como nas “vias de acesso à A4”.

“Acompanhar e promover a integração de comunidades”, que se encontram numa situação de maior “vulnerabilidade, sem qualidade habitacional e conforto exigíveis”, é outra das propostas desta lista, que, para isso, defende que a autarquia e as instituições de solidariedade locais, devem estar atentas e criar “programas” de apoio”

“André Ventura é o único que, na Assembleia da República, defende com verdade e frontalidade os portugueses e os interesses do país”

Maria do Carmo Lopes tem 50 anos e reside e trabalha em Ermesinde. Confessa que é estreante nestas lides, mas o seu interesse pela política surgiu quando ouviu, pela primeira vez, André Ventura, líder do Chega. Nesse momento, percebeu que era “o único”, que defendia, “com verdade, nua e crua, e com frontalidade os portugueses e os interesses do país”. Ao ouvi-lo, tomou consciência que tinha chegado “a hora de lutar por um país mais justo, onde a verdade, a justiça, a família e a vida, voltem a ter importância e respeito devido”.

“Valongo caiu na mediocridade reinante”

Tanto mais que, em Portugal “tem prevalecido a corrupção, o compadrio e a péssima gestão de dinheiros públicos, quer ao nível central quer ao nível das autarquias locais, com um sistema onde a classe política se serve ao invés de servir”, considerou Maria do Carmo Lopes, ao mesmo tempo que lamentou o facto de Valongo não ter “fugido à regra” ao ser um município, que “caiu na mediocridade reinante”.

Por isso, se sentiu motivada para aceitar o convite de encabeçar esta lista, uma vez que quer “servir Valongo e os valonguenses”

Instada a falar sobre as linhas gerais da sua campanha eleitoral, a candidata do Chega não deixa de sublinhar que entra nesta corrida “sem qualquer apoio financeiro”. Mas já sabe como vai fazer chegar a sua palavra à população de Valongo, que será através das “redes sociais”, assim como na “rua”, privilegiando “o contacto directo com a população de Valongo”.

Maria do Carmo Lopes termina, dizendo que, e sobre os programa eleitoral dos outros candidatos, terá uma postura “construtiva”, mas, e sempre que necessário também “crítica”, desvinculando-se do caminho do ataque pessoal, porque, a sua linha orientadora está traçada no sentido de “escutar e dar resposta aos anseios das populações”. 

 Porque Valongo “precisa de ser governado por pessoas que vivam os problemas das nossas gentes, onde todo o cidadão possa ser ouvido, onde o politicamente correto dos velhos políticos dê lugar ao diálogo simples e sem burocracias com a população”, concluiu.