Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa será uma das 25 unidades hospitalares do Serviço Nacional de Saúde que vai poder, a partir do início de 2019, assegurar internamentos de doentes no seu domicílio.

As vantagens segundo o ministro da Saúde, cita o JN, são muitas, desde a libertação de camas, à redução de custos, o facto de se evitarem infecções hospitalares e sobretudo a humanização de cuidados. Mas a opção cabe ao doente e ao cuidador, é preciso estar garantida a segurança clínica e pode haver um reinternamento hospitalar, caso se mostre necessário.

Este internamento no domicílio não é possível em qualquer caso. “Será para todos os que tenham situação clínica que o permita. Serão emitidas orientações da Direcção-Geral de Saúde para se definirem situações concretas a ser consideradas e que terão de considerar distância, condições da casa, cuidador informal identificado, entre outros”, diz o conselho de administração do CHTS em resposta ao Verdadeiro Olhar. O JN avança que estão em causa patologias como a doença pulmonar obstrutiva crónica, insuficiência cardíaca crónica descompensada, asma aguda, infecções ou pneumonias.

A aplicação desta medida vai “exigir criação de equipas próprias, formadas e especializadas e com competências específicas”, informa o CHTS. “O utente tem possibilidade de ter médico e enfermeiro em presença física todos os dias cerca de 45 minutos e contactáveis 24 horas por dia, ficando no seu ambiente e junto da sua família, protegido do ambiente hospitalar, sem os transtornos das recorrentes visitas ao hospital, com tempo e custos associados”, refere o presidente da Conselho de Administração, Carlos Alberto.

Os benefícios, acredita, são muitos, desde a “melhoria da qualidade e humanização dos cuidados, contributo para a integração de cuidados e para inovação na gestão, permitindo globalmente mais eficácia e satisfação das pessoas”. “Esta é uma mudança que contribui para reforma do SNS, à semelhança do que aconteceu no passado com os cuidados primários e continuados, de que hoje já se conseguem vislumbrar os resultados”, acrescenta.

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa defende ainda que a adesão a este projecto vai “permitir gerir de forma mais adequada o número de camas hoje disponíveis, assegurando-se, desta forma, que aqueles que necessitam mesmo do tratamento na fase aguda da doença, tenham as condições adequadas”.

A escolha, salienta, será sempre do doente e do cuidador informal, tendo em conta a situação de saúde. O CHTS diz estar preparado para avançar com esta medida logo no início de 2019.